Foto: Observatório 3º Setor
As definições básicas de direita e esquerda são conceitos fundamentais para entender esses dois termos. Direita e esquerda surgiram durante a Revolução Francesa e sua identidade evoluiu com o tempo. O termo “direita” foi atribuído aos que se posicionavam ao lado do rei, a favor de uma ordem política e social clássica. Com o tempo, a direita carismática perdeu espaço para o liberalismo e o conservadorismo. As ideias do liberalismo clássico sobreviveram a dois séculos e hoje marcam o centro político, sendo preservadas tanto em governos de direita como de esquerda. Por outro lado, o conservadorismo e o autoritarismo conservador são os dois movimentos de direita contemporâneos.
A terminologia que denomina a esquerda deriva de um momento histórico: na Assembleia Nacional francesa, de 1789, os deputados que se opunham ao absolutismo e à hierarquia social, e defendiam os direitos dos mais pobres, dispunham-se à esquerda do presidente. Essa oposição ao absolutismo e à hierarquia social originou o socialismo, cuja tradição clássica abarca um leque de propostas que, embora em desacordo quanto aos seus fundamentos e objetivos, partilham uma crítica a uma desigualdade considerada injusta e à ordem social que a propícia.
Tanto a direita quanto a esquerda defendem a construção de políticas conforme os seus princípios, como, por exemplo, a direita assistir o Estado em suas intervenções em um Estado mínimo e que o bem-estar não é uma responsabilidade primária do Estado, assim defendendo o investimento em policiamento e defesa nacional e em segurança pública e assistindo a construção de políticas de integração racial e de Identidade entre o Estado e o restante da sociedade. Ao mesmo tempo, a esquerda se opõe a abstenção do Estado em um cenário econômico de mercado, defendendo o investimento do Estado em políticas de bem-estar e a superação das desigualdades por políticas públicas de preferências reversas em diversas áreas.
Na prática, a política pode ser vista a partir dos seguintes âmbitos, entre os quais a direita e a esquerda têm propostas distintas e frequentemente opostas: – A economia de mercado e a ação do Estado na economia, em particular em questões de estruturação dos ciclos econômicos e da função do Estado na fracassada redução das desigualdades e no estímulo ao bem-estar da população. – O bem-estar social e a responsabilidade do Estado no combate às desigualdades, que no caso contemporâneo se manifestam num conjunto de políticas sociais. – A ordem pública e o controle da criminalidade, sendo que a manutenção da ordem pode implicar intervenções em direitos civis e numa ampliação da ação da polícia.
Os conceitos de direita e de esquerda permitem compreender como e por que as ideias, narrativas e ações dos protagonistas políticos contradizem os princípios que proclamam. Quando uma autoridade elogia a desigualdade, um líder religioso critica a homossexualidade ou um herói da liberdade defende a tortura, o que se pensa a respeito vai além do choque pessoal e revela aversão à posição política que defende essas ideias, as quais são bem diferentes daquelas geralmente adotadas pelos intelectuais e militantes de mesma corrente. Espera-se, portanto, que essas observações sobre os conceitos de direita e de esquerda auxiliem a decifrar a política do presente.
Por Alberto Peixoto
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