Viabilidade de um metrô em Feira de Santana

Feira de Santana, localizada no estado da Bahia, apresenta demanda viável para o metrô, devido ao crescimento urbano e demográfico, assim como para o uso do VLT (veículo leve sobre trilhos). Conjuntamente, para a região Nordeste, na Bahia por exemplo, o sistema ferroviário do metrô e VLT se mostram sustentáveis: a proposta alivia a carga da poluição do meio ambiente, além dos custos reduzidos, gerando impactos positivos na mobilidade urbana para Feira de Santana. Todavia, o projeto do metrô vem sendo afetado por questões políticas e governamentais.

Fundada em 1833, Feira de Santana tem inúmeros motivos para possuir um sistema de metrô. É uma das cidades mais importantes da Bahia, a maior de interior da Região Nordeste do Brasil, a 2ª maior em população do Estado da Bahia, ficando atrás apenas da capital Salvador. Além disso, o crescimento da cidade é imenso, principalmente na periferia, e isto gera transportes públicos abarrotados. Considerando ainda que é o maior entroncamento rodoviário da Região Nordeste, em termos de números de linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais, talvez outras cidades do Nordeste possam se beneficiar com um sistema de transporte desta natureza.

A proposta de um projeto de estudo sobre a implantação de um metrô em Feira de Santana consta da demanda existente da população da cidade com relação às elevadas taxas de trânsito nas vias públicas da cidade. Por isso, buscando maior agilidade e maior eficiência na locomoção, além de uma vasta análise da demanda através das taxas de população, fluxo de passageiros, aspectos econômicos — custos e investimento —, benefícios sociais e ambientais — redução do trânsito, acessibilidade, impacto e valores ambientais —, uma comparação entre ônibus, metrô e VLT, tendo em vista o melhor sistema metroviário, a proposta ficou mais consistente.

A perspectiva de implantação do metrô em Feira de Santana fundamenta-se no crescimento acelerado do centro urbano, que gerou forte demanda de transporte para atender uma população de 700 mil habitantes no perímetro metropolitano, com potencial de aumento de 1,4 milhão até 2050, associada ao aumento da renda per capita da comunidade.

O valor por passageiro-quilômetro para o metroferroviário é menor do que o correspondente eletrônico, e ainda mais do que o ônibus. Se ambos apresentassem o mesmo custo operacional, o último jamais seria utilizado para transporte de massa. Por razões ecológicas, o ônibus também apresenta dificuldade para preservar o ambiente, ventando contra o ar poluído ou a horrível fumaça de automóveis da cidade. Por esta análise, acontecendo na área metropolitana da Bahia, verifica-se que a instalação do sistema de metrô em Feira de Santana traz uma série de contribuições para o transporte público e para o meio ambiente.

Devido ao grande crescimento da cidade de Feira de Santana e da Bahia em geral, investimentos no sistema público de transporte são cada vez mais necessários. A densidade populacional aumenta a complexidade dos deslocamentos diários, normalmente feitos com ônibus, caminhando, carro e até mesmo de moto. Por isso, os custos podem ser considerados bastante altos e difíceis de serem suportados. Por sua vez, os benefícios podem apresentar um valor social bastante alto, visto que o projeto de implantar um metrô em Feira de Santana ajuda a reduzir o congestionamento e permitir que a população tenha mais facilidade de deslocamento.

O metrô é um modal de transporte localizado entre o ônibus e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), podendo realizar um maior fluxo de passageiros a um custo de implantação e operação inferior ao VLT. Além disso, considerando a rapidez em se movimentar pela cidade de Feira de Santana, o projeto também apresenta um valor ambiental alto, visto que o tempo de viagem despende menos combustível para alcançar seu destino.

Por Alberto Peixoto