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Marlede Oliveira ressalta importância do diálogo para resolver problemas da educação com o novo governo

Presidente da APLB destaca que a educação não avançará sem que se sente na mesa para dialogar sobre a pauta de reinvindicações.

27/12/2024 17h50 Atualizada há 6 meses
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Divulgação
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Marlede Oliveira, presidente da APLB em Feira de Santana, representante dos professores da cidade, falou sobre a escolha de Pablo Roberto para ser secretário de Educação do município. Ela afirmou que nunca foi prerrogativa do Sindicato a escolha de secretário de Educação, nem do município e nem do estado. “Nenhum nunca consultou o sindicato para a escolha. O que queremos agora é acesso para sentar na mesa com o governo. Que o novo secretário seja um intermediário entre o governo e a classe trabalhadora. Nós temos uma pauta extensa e estamos há seis anos vivendo em um caos”, disse.

Do atual governo, ressalta Marlede, só teve spray de pimenta e cacetete ao cobrar uma pauta. “Colbert acabou com nosso plano de carreira, não temos mais piso, enquadramento, mudança de referência, nosso precatório não recebemos desde 2018. Ele pegou nossos precatórios e reformou escolas, construiu a sede da SEDUC, mas o professor não viu um centavo. Temos uma pauta que vai de piso a condições de trabalho dos professores para ser discutida e é isso que queremos”.

Marlede disse ainda que na pauta consta a devolução dos salários cortados que Colbert. “Ele foi o único prefeito no Brasil que em 2020 cortou salário em até 70% de quase toda a categoria. Ganhamos na justiça o direito de receber esse dinheiro de volta e só falta recebermos. Ele está saindo e não pagou. Essa é uma dívida com a categoria”.

A professora alerta que é preciso reformular a carreira do diretor de escola que precisa ser valorizado por ter um papel importante na escola. “Tem diretor que recebe R$ 300, R$ 400,00. Um professor REDA não tem tempo para formular e planejar as suas aulas. É esse diálogo que queremos com o novo secretário. A APLB está aberta ao diálogo e sentar com o governo para ver como será resolvido esses problemas”.

Mesmo com diversas greves realizadas nesses anos, uma em 2019 e outra em 2022, não se conseguiu resolver o problema da pauta de reivindicações dos professores. “Mesmo assim não conseguimos que o governo fosse sensível aos problemas que nos aflige. A APLB sempre estará à disposição do novo secretário para se ter um novo diálogo porque é disso que nós precisamos”.

Em campanha para as eleições, a APLB entregou aos candidatos uma pauta com os pedidos”. Na semana passada estivemos com o assessor do prefeito Zé Ronaldo mais uma vez, pedindo que assim que ele assuma tenhamos uma audiência e reafirmando sempre que estaremos aqui para o governo. Nenhuma educação avançará em nenhum governo, nem Federal, nem Estadual e nem Municipal sem que aqueles que governo tiverem diálogo e conversa para ver o que é melhor para as nossas crianças e nossa juventude”, diz.

A educação é de suma importância para que tenhamos um país desenvolvido, independente e que possa melhorar para o povo. “Tudo depende da educação. Principalmente os filhos dos pobre e negros que estão nas escolas da rede municipal e precisam de uma educação de qualidade que só vai existir quando tiver melhoria das escolas e a valorização daqueles que estão no chão delas. Do professor, do funcionário, do diretor da escola”.

O que aconteceu em Feira de Santana nos últimos seis anos não aconteceu em nenhum município, salienta Marlede. “Nós vivemos um caos. O prefeito Colbert está saindo deixando um lastro de perversidade, maldade e destruição com a nossa categoria. Esperamos do próximo prefeito e do secretário que assumirá a pasta é que possamos discutir juntos uma educação de qualidade para os filhos dos trabalhadores e dos que estão nas escolas públicas da rede municipal de Feira de Santana. Tem coisas que devem ser resolvids a médio e longo prazo e há aquelas que devem ser resolvidas de forma imediata como faltar professor na escola”, finaliza.

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