Carlos Pita, cantor e compositor feirense, produziu o festival de sanfona e chorinho instrumental não competitivo. As apresentações começaram na noite desta sexta-feira (25), no Teatro Margarida Ribeiro, nos Capuchinhos. A finalidade do evento, ressalta Pita, era acima de tudo mostrar a qualidade do músico diante da música. “Porque muitas vezes o músico fica escondido. Ele está sempre acompanhando cantores e as pessoas não notam a qualidade do músico interpretando o seu instrumento. Nada melhor do que você fazer um festival de música instrumental para destacar o trabalho do músico”, explica.
Pita destacou ainda que o chorinho é uma música “extremamente brasileira, puramente brasileira, de sangue brasileiro”. Desde a época de Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, ressalta Pita, que o chorinho tem essa característica de ser uma música brasileira.
Esse projeto foi selecionado em um edital de projetos da Bahia Gás, Companhia de Gás da Bahia. “Nós tivemos a felicidade de sermos selecionados e eu consegui incluir duas atrações de Feira de Santana nesse projeto que é o Tito Pereira Trio e consegui colocar o acordeonista Rogério Ferreira Trio”.
Serão seis atrações. Quatro que vieram de fora, como é o caso de grupo Mandaia, o grupo mais importante de chorinho da Bahia, que toca no festival sábado (26) à noite. O duo de violonistas do Barros Reis, que são dois grandes violonistas. Haverá ainda Gel Barbosa da Paraíba, um dos maiores acordeonistas de chorinho do Brasil, tocando chorinho. “E tivemos também Ricardo Marques Trio. O Ricardo Marques é considerado hoje um dos melhores bandolinistas do Brasil”.
A entrada do festival é gratuita até a lotação do espaço para que se possa cumprir todos os protocolos da Vigilância Sanitária. “Estamos pedindo as pessoas que tragam o seu cartão de vacinação e que venham de máscara. Estamos tomando todos os cuidados. Fizemos a separação das cadeiras dentro do teatro. Estamos cumprindo todos os protocolos e fazendo um espetáculo gratuito que é patrocinado pelo edital da Bahia Gás. Isso é levar cultura para o povo. Costumo dizer que eu devolvo a Feira de Santana em cultura o ela me deu de comida”.
Esse festival é diferente do Festival de Sanfoneiro da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), que foi criado por Selma Oliveira e pelo próprio Carlos Pita. “Selma me convidou para ser parceiro dela na criação do festival. Ela era diretora do Cuca e uma mulher altamente idealista”.
Pita destaca que o festival de sanfoneiros da UEFS é competitivo, que visa acima de tudo incentivar o surgimento de novos sanfoneiros, principalmente incentivar as crianças a tocar sanfona e participem da competição. “Tivemos a felicidade de ver crianças participando do festival de sanfoneiro. E tivemos a honra de ter no primeiro Festival de Sanfoneiro o falecido Baio do Acordeon como o grande premiado tanto do júri popular quanto do júri oficial”.
Haverá mais um dia de festival neste sábado. O evento acontece as 20h, no Teatro Margarida Ribeiro, no Capuchinhos. “É um festival que a gente pretende mostrar a cultura da boa música brasileira. Não está aqui pra enganar ninguém. Queremos mostrar o que há de bom nesse país e que as pessoas possam acolher o que nós estamos trazendo”, finalizou.
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