Se o propósito do deputado federal Zé Neto (PT), ao procurar o comandante da Polícia Militar em Feira de Santana, coronel Luziel Andrade (o petista, defensor do Governo do Estado, se reuniu com o oficial esta semana) seria desestimular ou reduzir o rigor da PM na realização da denominada "blitz do IPVA" na cidade, pode tirar o cavalo da chuva. “Respeito a opinião dos outros, mas não posso deixar de fazer uma blitz para recolher veículos. Se seu carro está correto, você passa, apresenta seu documento, não tem o carro retido. Quem tem o veículo retido é quem está irregular", disse o oficial, em entrevista ao "Acorda Cidade".
Ao programa de rádio, o coronel disse que a blitz "sempre foi feita". Negou que tenha objetivo específico no IPVA atrasado: "quando você faz uma blitz , não foca somente em uma coisa. É realizada para coibir diversos tipos de crimes, uma dinâmica, são várias situações que você identifica".
“Ele (o deputado) comentou com relação a locais e horários. Veja bem, eu não sou o dono da verdade, a polícia não está aqui para atrapalhar a vida das pessoas. Então, se a gente está fazendo uma operação e chegam sugestões, indícios de que aquela aplicação deve ser avaliada, vamos avaliar", diz o comandante.
Sobre o uso de telefone pelos policiais, durante a blitz no trânsito, o coronel disse que é uma necessidade, pois é feita consulta através de aplicativo para constatar se tem imposto em atraso ou se existe restrição de furto ou roubo. O trabalho, segundo ele, é feito por amostragem. “Não tem como parar todo mundo que passa pela via, a gente não pode abordar todo mundo. O aplicativo indica qual veículo que está com alguma irregularidade". O cidadão que está correto não precisa ser parado, assinala.
Lembra que 309 situações de pessoas que respondem pela Lei Maria da Penha (violência contra a mulher) foram encontradas em blitz da Polícia Militar este ano. "Se a polícia não faz, como é que vai detectar esses casos?" questiona o comandante. Ele exemplificou ainda que é nesse tipo de operação que se encontra "alguém dentro de um carro que está sendo sequestrado dentro do porta-malas".
Ainda defendeu que a blitz não tem "finalidade de buscar arrecadação" e se trata de "quesito de segurança". Observa que se o motorista conduz um veículo adulterado, com atraso de taxas obrigatórias e sofre um acidente automobilístico, uma vez atrasado no seguro obrigatório, eventuais vítimas estariam desprotegidas. Além do que, salienta, existe uma quantidade enorme de veículos furtados em circulação em Feira de Santana.
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