O “Palavra de Médico deste domingo (21) falou sobre as novas diretrizes para se fazer o diagnóstico de hipertensão arterial. Uma nova diretriz brasileira de manejo da pressão arterial passa a considerar a aferição 12 por 8 não mais como pressão normal, mas como indicador de pré-hipertensão. O documento foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão.
De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, a reclassificação tem como objetivo identificar precocemente indivíduos em risco e incentivar intervenções mais proativas e não medicamentosas no intuito de prevenir a progressão do quadro de hipertensão dos pacientes. A partir de agora, portanto, para que a aferição passe a ser considerada pressão normal, ela precisa ser inferior a 12 por 8. Valores iguais ou superiores a 14 por 9 permanecem sendo considerados quadros de hipertensão em estágios 1, 2 e 3, a depender da aferição feita pelo profissional de saúde em consultório.
Questionado sobre o assunto por um ouvinte do programa Boca de Forno, da Rádio Sociedade News, o médico Tarcízio Pimenta explicou que muitas dúvidas realmente vieram com as novas informações e as medidas que foram adotadas no Brasil já vinham sendo adotadas na Europa, nos Estados Unidos. “Foi criada essa nova doença chamada pré-hipertensão porque agora tudo tem um pré na Medicina, o que assusta as pessoas que as levam mais aos consultórios e ao uso de medicamentos tomados por conta própria”.
É um assunto que já vem sendo falado há algum tempo. O questionamento que fica é se o pré-hipertenso precisa tomar medicamentos. Tarcízio lembra que existe uma máquina no mundo que é a da produção de medicamentos que está inserindo algo no mercado que eles dizem que é novo para cuidar de doenças. “Cuidar, não é tratar. A hipertensão e o diabetes, por exemplo, podem ser revertidos se tomar as medidas corretas de prevenção como se alimentar bem, fazer atividade física”.
O médico lembra que se a pessoa vive uma vida correta, cuida da sua saúde, pode ficar com sua pressão 12 por 8 que não terá problema algum. “Se criou esse pânico e daqui há uns dias vai se ouvir falar que o pré-hipertenso terá que comprar remédio, ao contrário do que eles deveriam estar fazendo que é fiscalizando os medicamentos que estão aí. Não explicam as pessoas o quanto é importante controlar o estresse, a ansiedade que são reesposáveis por muitas doenças, inclusive hipertensão arterial. Depois de uma notícia como essa as pessoas podem até ficar hipertensas”.
Ele lembra que já fizeram até pesquisa para saber se a população aceita essas mudanças ou não. “O resultado é que 50% da população não acredita e não aceita bem essa nova medida. Gera muitas dúvidas, a indústria medicamentosa mente demais, passa muita informação incorreta e isso acaba levando a muitos transtornos. A hipertensão pode matar, as pessoas tem aferir a pressão uma vez no ano ou a cada seis meses, mas isso não pode levar ao pânico. Em meu entendimento, pessoas com pressão 12 por 8, eu não vou medicar e vou continuar fazendo o que faço sempre: orientando a fazer atividade física, uma alimentação saudável, o melhor horário para uma boa alimentação é pela manhã, sair do estresse do dia a dia e dormir bem para controlar a sua pressão arterial e não precisar de medicamentos”.
O objetivo dessa nova medida, ressalta o médico, é oferecer congressos a determinados médicos que aceitam, receber prepostos de laboratório para injetar medicamentos na população, mais compra de medicamentos pelos Governos Municipais, Estaduais e Federal. “É uma mídia que a indústria medicamentosa está fazendo fortemente para fazer com que as pessoas entrem em pânico geral e corra para usar medicamento, transformando algo que era rotina em algo anormal”.
Ouça o “Palavra de Médico” completo aqui.
Mín. 19° Máx. 32°
Mín. 20° Máx. 32°
Tempo nubladoMín. 20° Máx. 30°
Chuvas esparsas