A Polícia Militar da Bahia, por meio de uma ação integrada entre o Departamento de Promoção Social (DPS), Departamento de Direitos Humanos ( DPCDH) e do Instituto de Ensino e Pesquisa( IEP) realiza, nesta terça-feira (9), mais uma atividade do Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar (PAPM), no auditório do Instituto de Ensino e Pesquisa, na Vila Militar do Bonfim.
O PAPM é uma iniciativa do Comando da corporação e estabelece diretrizes para o acolhimento psicológico e a capacitação institucional de policiais militares envolvidos em situações de Morte por Intervenção Legal do Agente do Estado (Milae) e outras ocorrências graves de alto impacto emocional.
“A valorização dos profissionais de segurança é fundamental para que possam oferecer um serviço de qualidade à população. No entanto, a atividade policial é marcada por situações de alto estresse e risco, especialmente os confrontos que resultam em mortes”, destaca o coronel Lopes, subcomandante geral da PMBA. “Essas ocorrências podem gerar graves prejuízos psicossociais, como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático, impactando a saúde e a vida do policial. Ciente da necessidade de cuidar da saúde física e mental de seus membros, a instituição vem desenvolvendo ações psicossociais para promover o equilíbrio emocional e o bem-estar da tropa”, complementa.
Tendo em vista essa necessidade, a Portaria nº 070, do Comando Geral da PMBA, foi editada para instituir o PAPM, um programa que visa a acolher e dar suporte aos policiais militares nessas situações críticas, reduzindo os impactos que as ocorrências de alto estresse e risco acarretam à saúde dos militares.
Além disso, o documento, que estabelece diretrizes para a coordenação de esforços de diversas unidades da corporação, visa instruir o militar quanto aos procedimentos técnicos de resposta a eventos críticos, inclusive no pós-ocorrência.
No encontro desta terça-feira, foram contemplados 17 policiais militares, que assistiram a palestras que compreendem aspectos emocionais, jurídicos e éticos decorrentes da atuação policial em situações extremas, bem como direitos humanos, cidadania e práticas restaurativas, além de estabilização emocional e de prevenção de agravos à saúde física e mental.
O acompanhamento é feito de forma particularizada, uma vez que cada policial envolvido em tais ocorrências passou por uma entrevista cujo objetivo é coletar informações sobre os fatos e sua condição psicoemocional, com a finalidade de subsidiar os psicólogos do DPS ou das Seções de Valorização Profissional (Sevap’s) dos Comandos Regionais do interior na avaliação técnica para a inclusão no PAPM.
O PAPM é realizado em três diferentes níveis, que compreendem a presença em palestras, o acompanhamento multidisciplinar por equipes do DPS ou dos Sevap’s e a inscrição no Curso de Apoio e Aprimoramento Funcional (CAAP), uma capacitação específica que reúne conteúdos sobre controle emocional, tomada de decisão sob estresse, direitos humanos e práticas restaurativas, com o objetivo de promover o recondicionamento psicológico, técnico e funcional do militar.
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