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Brasil Política

Câmara aprova medidas contra erotização precoce em escolas

Proposta define erotização infantil e segue para análise da CCJ antes de ir ao Plenário.

22/08/2025 07h47 Atualizada há 3 horas
Por: Karoliny Dias Fonte: A Tarde
A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente - Foto: Kayo Magalhães | Câmara dos Deputados
A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente - Foto: Kayo Magalhães | Câmara dos Deputados

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê medidas para prevenir a erotização precoce de crianças e adolescentes nas escolas. A proposta define o conceito de erotização infantil e seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) antes de ser apreciada pelo Plenário.

A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para punir com pena de detenção de seis meses a um ano quem promova ou permita a sexualização precoce de crianças e adolescentes nas dependências das instituições de ensino, públicas ou privadas.

O texto aprovado insere na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a proibição de que conteúdos pedagógicos tratem de temas relacionados à sexualidade e identidade de gênero "de maneira inadequada e sem o consentimento prévio e expresso dos responsáveis pelos alunos.”

A proibição à erotização precoce, violência ou estímulo ao uso de drogas abarca outras vertentes do currículo escolar, como artes visuais, dança, música e teatro.

O relator do texto, deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), recomendou a aprovação do substitutivo aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, com algumas alterações. O projeto original (PL 10583/18) é de autoria da ex-deputada Mariana Carvalho (RO).

Uma das mudanças feitas por Nikolas trata da punição das instituições de ensino que descumprirem as regras. "Com isso, busca-se garantir que a legislação não apenas tenha caráter educativo e preventivo, mas também de responsabilização, o que contribui para a efetividade das medidas propostas", justifica o relator.

O texto prevê que o poder público estabeleça parcerias com plataformas de mídias sociais para viabilizar a identificação e o bloqueio de conteúdos inadequados a menores.

Pela proposta, entre os objetivos das medidas estão:

- proibir a participação de crianças e adolescentes em danças, performances e

- manifestações culturais que aludam a atos sexuais, libidinosos ou que promovam erotização precoce;

- prevenir e combater a prática da erotização infantil (sexualização precoce) com iniciativas de sensibilização e orientação quanto à importância do apego a conteúdos próprios para a idade;

- capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;

- vedar a utilização de materiais escolares, livros, imagens e recursos audiovisuais que contenham conteúdos eróticos, pornográficos ou obscenos, em desacordo com a maturidade e idade dos alunos; e

- envolver a família no processo de construção da cultura do combate à erotização infantil.

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