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Brasil Corrupção

Ministro é investigado por repasses de R$ 900 mil a suspeito de vazar processos

A Polícia Federal identificou uma série de transferências realizadas pelo ministro para seu ex-chefe de gabinete.

30/05/2025 08h38
Por: Karoliny Dias Fonte: BNews
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, está sob investigação da Polícia Federal (PF) por supostos vazamentos de decisões judiciais. A Polícia Federal (PF) identificou uma série de transferências, totalizando R$ 899 mil, realizadas pelo ministro para seu ex-chefe de gabinete, Danilo Falcão, entre março de 2020 e dezembro de 2023.

Segundo o ministro, os valores correspondiam a pagamentos mensais pelas funções exercidas por Falcão, que é investigado por supostamente repassar informações sigilosas a uma organização criminosa.

Segundo infromações do Uol, durante buscas na casa de Falcão, a PF apreendeu documentos sensíveis, incluindo um pen drive com dados bancários do ministro e de sua esposa.

De acordo com as investigações, Falcão atuava como assistente pessoal de Fernandes, responsável por pagar contas e gerenciar finanças.

Apesar de as transferências em si não serem consideradas suspeitas, a PF avalia a possibilidade de as informações encontradas terem relevância para o caso.

Falcão foi afastado do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Fernandes afirmou que ele trabalhava como seu chefe de gabinete desde 2008 e que os repasses financeiros estavam de acordo com as atribuições do cargo, conforme o Manual de Organização do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A PF também constatou que Falcão tinha amplo acesso à vida pessoal e financeira do ministro, indicando uma relação de confiança entre ambos.

As investigações apontam ainda que Falcão possuía um patrimônio acima de sua renda declarada, incluindo relógios de luxo.

Mensagens apreendidas sugerem que documentos do gabinete do ministro foram vazados por um lobista preso. A PF confirmou que Falcão era o elo entre o gabinete e o lobista, atuando na comercialização de informações confidenciais.

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