A reparação e assistência às vítimas de ações policiais durante as operações de segurança pública podem passar a ser de responsabilidade do governo do Estado, conforme prevê projeto encaminhado à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Segundo detalha o texto, enviado pela deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), a proposta prevê uma garantia de suporte emergencial de renda, assistência social, médica e psicológica a pessoas ou famílias atingidas por disparos de arma de fogo durante operações policiais.“O apoio será concedido por vítima atingida, independentemente do desfecho da ocorrência.”
1. até cinco pessoas da família da vítima podem ter acesso aos auxílios;
2. o suporte emergencial de renda será equivalente a um salário mínimo, por 12 meses consecutivos;
3. o apoio será concedido após emissão de laudo técnico pericial que conclua, pela probabilidade ou certeza, que o projétil que atingiu a vítima é proveniente de arma de fogo de uso das forças policiais estaduais;
4. no caso de morte de civis em decorrência de operações realizadas por forças policiais estaduais, o Estado deverá, de forma imediata e prioritária, assegurar:
4.1 auxílio funeral;
4.2 a reparação provisória aos familiares da vítima;
4.3 atendimento médico e hospitalar integral e gratuito;
4.4 acompanhamento psicológico
4.5 assistência social permanente;
4.6 suporte emergencial de renda e
4.7 assistência jurídica integral e gratuita por meio da Defensoria Pública do Estado da Bahia.
A medida determina ainda que pelo menos 5% dos recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Funcep) sejam destinados ao custeio do suporte emergencial de renda para vítimas de ações policiais.
Caso aprovada, a proposta será regulamentada pelas Secretaria de Justiça e Direitos Humanos; de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI); de Saúde; de Segurança Pública; e de Assistência e Desenvolvimento Social.
Em justificativa, a parlamentar citou os recentes casos de mortes inocentes que têm ocorrido durante as ações de combate a violência no Estado.
“A proposta busca garantir uma resposta rápida, humanizada e intersetorial, com foco na dignidade das vítimas. A medida representa um avanço institucional em direção a uma política de segurança pública humanizada, transparente e comprometida com os direitos fundamentais”, declarou.
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