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Operações simultâneas resultam em 17 prisões e 1 morto em confronto

De acordo com a Polícia Civil, “Geleia” é um nome conhecido no crime organizado baiano e se encontra foragido desde outubro de 2023, quando fugiu do Complexo da Mata Escura.

21/03/2025 09h07
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

Uma grande operação da Polícia Civil desarticulou grupos criminosos em Salvador, Camaçari, Paraná e Mato Grosso do Sul. Com o cumprimento de 17 mandados de prisão e o enfrentamento que resultou na morte de um criminoso, as operações Aurantis e Dankana têm como objetivo combater facções envolvidas com o tráfico de drogas e outras atividades criminosas em diversas regiões.

A Operação Aurantis, coordenada pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depon), teve como alvo a facção liderada por “Geleia”, chefe do Bonde do Maluco (BDM) em Camaçari, que segue foragido e supostamente comanda suas atividades de fora do país. Durante a operação, foi detido o criminoso conhecido como “Passarinho”, segundo no comando da facção em Camaçari. Ele resistiu à prisão e entrou em confronto com as equipes de polícia, sendo atingido durante a ação. Passarinho foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

De acordo com a Polícia Civil, “Geleia” é um nome conhecido no crime organizado baiano e se encontra foragido desde outubro de 2023, quando fugiu do Complexo da Mata Escura. Ele é considerado um dos mandantes do assassinato do percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho e está listado no Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Geleia é acusado de diversos homicídios e tem envolvimento com o tráfico de drogas internacional. Segundo as investigações, ele continua comandando a facção de fora do Brasil, coordenando remessas de materiais ilícitos.

Já a Operação Dankana, conduzida pelo Departamento Especializado de Investigações e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), focou no combate ao tráfico de drogas em três estados: Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul. A operação é parte da Operação Narke, que visa desmantelar redes de tráfico de entorpecentes que atuam no Brasil e no exterior. A ação cumpriu sete mandados de prisão e é um esforço contínuo para desarticular o tráfico de drogas que afeta diferentes regiões do país.

No município de Itanagra, na zona rural da Bahia, um homem identificado como Alex Passarinho, membro de uma facção criminosa atuante em Abrantes, Camaçari, resistiu à prisão durante o cumprimento de um mandado. Passarinho entrou em confronto com os policiais, sendo fatalmente baleado.

Ao todo, a operação resultou no cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão, abrangendo tanto alvos dentro como fora do sistema prisional. A ofensiva envolveu cerca de 300 policiais civis, distribuídos em 66 equipes operacionais, com o apoio de outras unidades da Polícia Civil, incluindo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), e o Departamento de Polícia do Interior (Depin).

A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, destacou a importância da ação durante coletiva de imprensa, frisando que a operação visa não apenas prender membros de facções criminosas, mas também desmantelar o tráfico de drogas e garantir mais segurança para a população. “Essa operação é um esforço conjunto de diversas equipes, com o objetivo de desarticular redes criminosas que causam grande impacto nas nossas comunidades”, afirmou.

As investigações continuam, e a Polícia Civil segue empenhada na captura de outros criminosos envolvidos nas facções, especialmente “Geleia”, que permanece foragido. 

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