Foto: Agência Brasil/Paulo Pinto
Romantizado no hino, emoldurado para gringo ver: assim se vende o 7 de Setembro, data em que se celebra oficialmente a Independência do Brasil. Mas, na Bahia, terra onde lutas e batalhas decisivas aconteceram, a história conta outro enredo, bem menos poético e com personalidades anônimas. Só um ano depois, em solo baiano, que o Brasil conquistaria de fato sua liberdade, ao expulsar as últimas tropas portuguesas. Estas, ainda agarradas à esperança de retomar o país, apostam no ponto mais sensível: a barriga.
A raiz nacionalista, que foca em mitos fundadores e episódios glamurosos - como o “Grito do Ipiranga” desenhado inventado pelo artista Pedro Américo -, contribuiu para que o 2 de Julho, dia em que a Bahia consolidou a independência, fosse relegado a segundo plano. É o que explica o historiador baiano Ricardo Santana, ao apontar ainda que em setembro de 1822 houve somente um acordo institucional reconhecido por outras nações.
Os portugueses, ao perderem o controle político, voltaram suas atenções para a Bahia, onde estavam as grandes plantações e rebanhos que abasteciam o país. “Eles acreditavam que se conquistassem a Bahia, iam matar o país de fome” explicou o historiador.
Foi então que figuras anônimas, sem prestígio nacional e em sua maioria pobres, se uniram para enfrentar e expulsar os portugueses, culminando na vitória do 2 de Julho. “Diferentemente do 7 de Setembro, o 2 de Julho é a comemoração de uma vitória de pessoas anônimas. Elas só foram resgatadas por causa de investigações, a exemplo a Filipa de Souza e o Corneteiro Lopes”, explica Santana.
O reconhecimento dessa data, historicamente apagada, pode estar prestes a ganhar uma nova perspectiva. Na última celebração da Independência da Bahia, o presidente Lula (PT) expressou a intenção de estabelecer mais uma data comemorativa para homenagear a luta contra o imperialismo e, assim, “recontar a história deste país”.
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