Estaria Rui feliz com Geilson e sua aproximação a inimigos do governador?
Na próxima visita à cidade ou entrevista coletiva que der para a imprensa de Feira de Santana, o governador Rui Costa não vai escapar de uma pergunta: o que ele acha da aliança do deputado Carlos Geilson, seu neo-liderado, com o deputado do DEM Targino Machado, o "número 1" na Assembleia Legislativa entre os inimigos do petismo e, particularmente, do titular do Palácio de Ondina?
Certamente, também vai se questionar o governador petista acerca de uma outra adesão muito perseguida por Geilson, coincidentemente, de alguém que detesta Rui ainda mais que Targino, talvez, a deputada federal Dayane Pimentel.
Dayane, é verdade, abandonou precocemente o bolsonarismo, legião da qual foi uma das mais entusiasmadas militantes. Em sua campanha, tornou-se fidelíssima - poderia dizer-se até pouco tempo, sem qualquer receio de cometer um exagero, que, para a então candidata, era Jesus no céu, Jair Bolsonaro na terra.
Isto não significa, no entanto, que a jovem professora tenha diminuído, o mínimo sequer, sua repulsa pelo governador da Bahia e tudo o mais que seja relacionado aos "vermelhos", como os políticos de direita costumam chamar petistas, comunistas, etc.
Pois são essas companhias, ddeclaradamente inimigas do governador, com quem o radialista vem flertando - uma delas, já sacramentada.
Estaria Geilson consultando o líder Rui Costa sobre esses reforços? Ou o ex-deputado eencaminha suas parcerias com adversários fervorosos do governador sem que lhe seja feita qualquer consulta?
Não há dúvida, e Geilson bem sabe, sobre a predileção de Rui Costa e de todo o PT de Feira de Santana pela pré-candidatura de Zé Neto. Não seria equivocado imaginar que o deputado federal se torna ainda mais prioritário, no partido, em Feira de Santana, diante das investidas do radialista em apoios vinculados à direita e até mesmo à extrema-direita.
Rui só não deve intervir na ação de Geilson por uma única razão: Targino e, quem sabe Dayane, são reforços que, em tese, impactam contra o poderio de José Ronaldo e Colbert.
Afinal, para o PT, que perdeu cinco eleições em primeiro turno, qualquer que seja o "sacrifício" pode ser válido, na batalha para que, desta vez, a oposição possa levar a disputa a um segundo round, com chances de vencer. Até mesmo admitir, o que não deixa de ser constrangedor, inimigos dentro do seu quartel general. Mais que isto, não pensar agora no que seria, para os aliados petistas, uma gestão capitaneada por Geilson sob a influência direta desses adversários.
Após atrair Targino, Geilson tenta 'fisgar' Dayane, também inimiga de Rui, mas ela descarta
Amplamente divulgada na internet, uma foto, supostamente de um café da manhã, exibiu esta semana a deputada federal Dayane Pimentel em uma mesma mesa com o pré-candidato a prefeito, ex-deputado Carlos Geilson (Podemos) e seu mais novo aliado, o deputado estadual Targino Machado (DEM). Alguns mais apressados julgaram que a imagem poderia significar a adesão da ex-bolsonarista ao projeto do radialista da Transamérica FM.
Ledo engano. Entrevistada pelo programa "De Olho na Cidade", Dayane descartou essa possibilidade. "Estou firme em minha pré-candidatura", afirmou a deputada. "A cordialidade (com Geilson) não implica que pode haver composição; não significa que aceito compor com outro grupo", esclareceu.
Geilson, que foi convidado e aceitou ser liderado do governador Rui Costa, ocupando até pouco tempo o considerado simplório cargo de ouvidor do Estado, diz ser um pré-candidato "de centro" e parece mesmo aberto a qualquer composição. Já atraiu Targino, um inimigo mortal de Rui, para o seu lado.
Dayane, pelo menos até o presente momento, é ainda mais radical que Targino, quando o assunto é combater Rui Costa e o PT. Mas Geilson não parece estar muito preocupado em agradar o governador na costura do "arco" de alianças em torno de sua candidatura, como denomina o movimento por ele encetado.
A presidente do PSL na Bahia e deputada federal, Professora Dayane Pimentel, esclarece que a cordialidade que mantém com Carlos Geilson (Podemos) não implica que pode haver composição entre ambos visando as eleições municipais em Feira de Santana. "Ser cordial não significa que aceito compor com outro grupo. Sou educada e respeito a história política do amigo Geilson. Mas estou firme em minha pré-candidatura", afirmou a parlamentar feirense.
A intenção da deputada federal é deixar claro para os feirenses que ela dialoga com os políticos da cidade que também buscam edificar uma trilha de desenvolvimento para os feirenses. "É hora de iniciar novos e melhores tempos para Feira de Santana”, ressaltou a Professora Dayane.
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