Maria Jesus dos Santos, moradora do Jussara, no Conjunto Feira X, afirmou que também sofreu com o atendimento no Hospital Estadual da Criança (HEC), assim como os pais do pequeno Bryan Bastos Barreto, de apenas 1 ano e 3 meses. Ela conta que o médico que fez o seu pré-natal a proibiu de fazer parto normal. Ela deu entrada no dia 9 de outubro de 2022 na unidade. Teria que fazer um parto cesáreo porque é hipertensa.
Maria tem a documentação da sua médica que fez o seu pré-natal afirmando que ela não poderia ter a criança de modo normal. “Mas eles disseram que eu teria a capacidade de ter esse parto normal. Fiquei três dias internada com eles aplicando remédios para induzir meu parto. Mostrei todos os meus ultrassons, questionaram se eu tinha algum problema disse que não. A morfológica mostrou que a minha saúde e a da minha filha estavam perfeitas, mas eles alegaram que ela tinha problema de coração quando nasceu”, explica.
Relatório médico do pré-natal afirmando que Maria não poderia ter sua filha por parto normal - Foto: Boca de Forno News
O laudo médico disse que ela só poderia ter sua filha através de uma cesariana. “No hospital, falaram para mim que não iria fazer o parto cesáreo porque eu tinha a capacidade de ter normal. Elas colocaram na cabeça que minha pressão estava baixa. Como é que eu tenho hipertensão, tomo remédio para controlar e eles dizem que minha pressão estava baixa?”, pergunta.
Ela questionou também o diagnóstico do hospital em relação a sua pequena. “Como é que minha filha tinha problema de coração se eu tenho como provar que não, ela não tinha esse problema? Fiz o pré-natal e não deu nada. Até no exame que eles fizeram dentro do hospital provou que estava tudo normal com o coração dela”.
Após ter tido a bebê, Maria alega que fizeram um corte em seu corpo que ela não sabe para o que foi. “Porque fizeram esse corte? Eu já estava cortada e me colocaram em uma sala porque tive coágulos e hemorragia. Eu já não aguentava mais de dor e já estava pedindo socorro”. A direção do hospital nada disse a dona Maria sobre essa situação. “Nem a mim e nem a meu esposo”.
Alexandro Vieira Freire, esposo de dona Maria, também relembrou a triste história da família. Maria deu entrada no HEC dia 9 de outubro, às 7h da manhã, e no dia 11, por volta das 12h54, teve o seu bebê. “Quando ela acabou de nascer, alegaram que ela estava sem respirar e levaram para a sala de respiração. Após duas horas, o obstetra trouxe um relatório dizendo que Maria Valentina nasceu com vários problemas no coração e que uma parte do seu rim estava branca”.
O pai disse que tem toda a documentação de que a criança estava saudável, tanto é que antes do parto sempre veem os batimentos cardíacos da criança, da mãe e a pressão arterial. “Todos os exames são feitos antes para fazer o procedimento. Em seguida, eles dizem que minha filha nasceu com esse problema. Eu acredito que não, que foi erro médico com certeza”. De lá para cá os pais da Maria Valentina vem lutando por justiça.
Alexandro lembra que perdeu sua filha no Dia das Crianças. “Foi duro perder nossa filha nessa época. Às 1h25 da manhã do dia 12 de outubro nossa Maria Valentina morreu. Até hoje nossa família sofre. Temos uma filha de 15 anos. Estavam todos nos esperando. Tínhamos esperança de voltar para casa com nossa filha e eles acabaram com isso”.
Passado um mês do ocorrido, Alexandro procurou um advogado. “Nos papéis da alta, tem como se ela tivesse saído com uma criança nos braços”, diz o pai. “Como, se eu saí primeiro e deixei o corpo da minha filha? Eles são uns monstros. Temos que denunciar. Não apenas por Maria Valentina e por Bryan, mas por muitos. Tenho como provar tudo que estou dizendo”, concluiu a mãe da bebê.
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