O Natal de 2023 se aproximando e com ele muita expectativa para o comércio. Com a injeção do 13º salário, a redução das taxas de inadimplência e o aumento na intenção de consumo das famílias, o setor aguarda bons resultados: não só em relação às vendas, mas também no que se refere ao mercado de trabalho.
“Diante de um cenário que vivemos de pandemia e o início deste ano com taxas ruins, chegar final do ano com expectativa de crescimento é de comemorar. A maioria dos segmentos deve crescer em relação ao ano anterior. A condição da economia está bem melhor e isso deixa o cenário mais otimista. Os comerciantes contratam mais e gira toda a economia. È um final de ano para comemorar, sim”, destaca o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas-Ba), Paulo Motta, a projeção é que neste ano haja no estado um crescimento de 10% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Acredita-se que os segmentos que irão se destacar são os de bens não duráveis. “Calçados, adereços, roupas, perfumarias, tecidos de um modo geral e artesanato”, afirma.
Segundo ele, ao menos 10 mil empregos temporários serão gerados, com a possibilidade de uma efetivação de 20% desse total após o mês de janeiro. “Estamos confiantes nesses dados, que são frutos de pesquisas. O comércio de rua, de shoppings e de lojas fixas tem hoje um grande concorrente extremamente forte e capacitado que é o e-commerce, mas que não tem o poder empregador que nós temos”, declara.
A previsão do presidente do Sindilojas está de acordo com as projeções feitas pela Fecomércio-Ba e pela CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Ambas confirmam o cenário positivo e suas justificativas.
No entanto, no varejo a expectativa é ainda maior durante todo o mês de dezembro. “A expectativa é positiva, entre 3,5% a 4% devido a melhora das condições econômicas das famílias. Começamos o ano com juros elevados, desemprego alto, e agora chegamos com juros em queda, inflação bem controlada e o desemprego com uma melhora significativa”, reforça Guilherme Dietze, da Fecomércio.
Varejo do estado deverá alcançar R$ 14,3 bilhões em vendas no último mês deste ano | Foto: Romildo de Jesus
De acordo com a Federação, o varejo do estado deverá alcançar R$ 14,3 bilhões em vendas no último mês do ano – um incremento de 3,7% ou R$ 510,2 milhões a mais em relação a dezembro de 2022.
Segundo Dietze, neste final de ano, com um número menor de famílias inadimplentes e mais pessoas formalmente empregadas, há a injeção do 13º salário e o uso dele deixa de ser, necessariamente, para pagar dívidas. “Abre espaço para que o 13º não vá para pagamento de dívidas para mas para consumo. E então o contexto de 2023 é favorável par as vendas”, acrescentou.
O consultor econômico da Fecomércio acrescenta, ainda, que se confirmado o faturamento acumulado do setor em 2023 pode atingir R$ 144,3 bilhões, um crescimento de 0,6% em comparação com o resultado obtido ao longo de 2022.
A estimativa é que a alta do mês seja acompanhada por oito das nove atividades que fazem parte do comércio varejista. Destaque para Farmácias e Perfumarias com variação anual de 11%, o segmento de Veículos, Motos e Autopeças, com alta de 7,8%, as lojas de Eletrodomésticos e Eletrônicos, com aumento de 6,3% e os Supermercados, com elevação de 5% em relação ao ano anterior.
No mesmo sentido, espera-se bons resultados para as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos na Bahia. O setor que tradicionalmente recebe maior atenção durante último bimestre do ano, impulsionado pela Black Friday e pelo Natal, espera aumentar seu faturamento em 6,3% com relação a dezembro de 2022 e encerrar o último mês do ano com R$ 660,4 milhões em vendas – melhor resultado para dezembro desde 2020.
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