O autor Emiliano José lançou mais um livro durante a 11ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), iniciada na quinta-feira (26) e encerra neste domingo (29), a obra da vez é “As comadres estão chegando”. Durante o evento inaugural, estiveram presentes quatro das suas protagonistas: as jornalistas Jaciara Santos, Mônica Bichara, Joana D’Arck e Isabel Santos.
O artista, nomeado imortal da Academia de Letras da Bahia, revelou a motivação para escolher apenas seis renomeadas jornalistas para compor a sua trama, que foi se construindo nas publicações iniciais no Facebook, onde o jornalista e escritor desenvolve a série “#MemóriasJornalismoEmiliano”, da qual já foram produzidos os livros “Balança mas não cai”, “O violeiro e a filha D’Oxum” e “Os comunistas estão chegando”.
“São comadres de verdade, no sentido da palavra, e essa ligação entre elas marcou as suas jornadas de mulheres, mães e profissionais que muitas vezes tiveram que trabalhar carregando os filhos pequenos e umas ajudaram a outras e foram construindo belas carreiras, se firmando como profissionais sérias, capazes e rompendo barreiras, passando a ocupar cargos e funções que nas redações eram somente dos homens”, disse o paulista erradicado na Bahia.
O livro foi lançado no segundo dia da Flica, que compreendido na sexta-feira (27). Na oportunidade, Emiliano José ressaltou o mérito das colegas: “todas com trajetórias de muito compromisso e seriedade no exercício da profissão e que foram rompendo as barreiras de uma profissão que outrora fora predominantemente masculina”.
As protagonistas também falaram ao público. Joana D’Arck começou com um breve relato de dificuldades iniciais de todo jornalista e do crescimento profissional que vão adquirindo no exercício da profissão, quando levado com seriedade e responsabilidade. Além disso, ela também falou da importância da luta conjunta das mulheres nas redações, apenas sendo profissionais, e que resultou no rompimento das barreiras apontadas por Emiliano.
“Mas estivemos juntas também nos protestos, greves e manifestações nas ruas para defender nossos direitos”, frisou ela, para em seguida defender que a luta de todos os jornalistas agora é pela volta da exigência do diploma para o exercício da profissão.
Isabel Santos também enfatizou a importância da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/12, em análise na Câmara dos Deputados, para a reinstituição da obrigatoriedade do diploma de nível superior específico em jornalismo para o exercício da profissão no Brasil.
“O diploma é resultante de estudo na universidade, onde aprendemos sobre ética profissional e ampliamos os conhecimentos para exercermos a profissão com responsabilidade, respeito e humanidade. Quem quer ser atendido por médico sem diploma?”, comparou.
Jaciara Santos também abordou o desafio das mulheres nas redações de jornais, onde acabaram conquistando espaços que antes era somente de homens. “Não fomos as primeiras profissionais a chegar nas redações, mas sem dúvida conquistamos espaços importantes num ambiente predominantemente masculino, e também enfrentamos os desafios da tecnologia e da vinda das redes sociais. E continuamos na ativa”.
Já Mônica Bichara destacou o trabalho do autor com a série “#MemóriasJornalismoEmiliano”, historiando e registrando importantes episódios do jornalismo baiano. Na ocasião, ela falou também da honra de apoiar e editar a publicação desse trabalho no blog PilhaPura, do qual é editora, junto com a fundadora Joana D’Arck.
“Emiliano vem fazendo um registro maravilhoso de uma época significativa do jornalismo na Bahia. Só temos a agradecer”.
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