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Cultura Crônica da semana

Os motoqueiros da morte

Por Alberto Peixoto

07/10/2023 09h18
Por: Karoliny Dias Fonte: Alberto Peixoto
Foto: Viacertanatal / UFMG
Foto: Viacertanatal / UFMG

Quando o assunto é trânsito, os motociclistas surgem como os principais vilões. No brasil, 51% dos acidentes com motos resultam em óbito e uma em cada três vítimas em ocorrência no trânsito estavam utilizando motocicleta. Para alguns especialistas neste segmento é muito perigoso o uso de mototáxi devido ao alto índice de acidentes neste setor.

No último dia 26 de setembro o colunista João Gonçalves de Farias, 78 anos, ao cruzar a pista na faixa de pedestre da Avenida Getúlio Vargas em Feira de Santana, foi atropelado por uma motocicleta CG 125, cor prata, levando-o a óbito. O condutor do veículo mais um passageiro foram encaminhados pelo SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – para o HGCA – Hospital Geral Cleriston Andrade.

Estes incidentes acionam o sinal de alerta às autoridades competentes para os perigos iminentes de acidentes. A utilização dos transportes alternativos, sobretudo aqueles conduzidos em motos, passou a ser um dos principais vetores para a causa de ocorrências.

Cada dia mais as ruas de Feira de Santana estão sendo transformadas em autênticos circuitos de competições Moto GP, onde os “recordes” de velocidade são quebrados a cada segundo. Poucos respeitam os limites de velocidade estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

É necessário afirmar que este comportamento não é exclusivamente praticado pelos motociclistas, mas por todo condutor de veículos, inclusive os conhecidos ligeirinhos que, além da velocidade intensa, param em qualquer lugar na busca por passageiros ou para descarregar mercadorias congestionando o trânsito.

Infelizmente as faixas de pedestres são vistas pelos condutores de veículos simplesmente com o uma pintura decorativa, para embelezar as vias, sendo necessário designar dois agentes de trânsito para garantir que o condutor do veículo respeite a sinalização. Além disso, nosso legislativo não ajuda: há bem pouco tempo a Câmara de Vereadores de Feira de Santana apreciou uma matéria que obrigaria a instalação de temporizadores nos semáforos. Decidiram pela não obrigatoriedade.

Quiçá, esteja em votação algum projeto que obrigue o fornecimento de uma peneira de palha e um jogo de búzios, que permita aos condutores de veículos adivinharem quando haverá a mudança no sinal de verde para amarelo e consequentemente ao vermelho. Se avançar no amarelo se arrisca a ser multado, se freia corre o risco de um abalroamento traseiro.

É impressionante como uma metrópole regional apresenta estampados cenários dignos de cidades pequenas localizadas em um sertão longínquo!! Lamentável!

Por Alberto Peixoto

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