O descaso com a urbanização de Feira de Santana

A urbanização de vias públicas é basicamente um conjunto de ações que transformam o dia a dia nas cidades, impactando a infraestrutura, o transporte, a pavimentação das vias e também a instalação de bocas de lobo, calçadas entre outros serviços de benefícios para a cidade.

Uma urbanização precária não atende as necessidades básicas da população e traz problemas para a saúde, como por exemplo a falta de esgotos ou esgotos a céu aberto atraindo ratos, caramujos africanos, além de problemas com a falta de escoamento das águas das chuvas.

A revitalização do espaço urbano está entre as principais correntes globais na estruturação das cidades e tem como principal objetivo melhorias nas ruas e avenidas, condicionando maior qualidade de vida para a população através de uma segurança mais efetiva a todos os usuários, sendo eles pedestres ou condutores de qualquer tipo de veículo.

Em uma cidade do porte de Feira de Santana é fundamental a criação de rampas para portadores de deficiências, pistas para ciclistas, espaço para idosos e crianças, enfim, criar um ambiente menos árido e mais humanizado através de arborização, iluminação e sinalização adequada.

Porém, não existe um projeto de manutenção das vias públicas de Feira de Santana, que se encontram cada vez mais esburacadas. Os semáforos enfrentam dificuldades operacionais para orientar os pedestres. Há muitas calçadas esburacadas colocando em risco a integridade física dos transeuntes.

A Avenida Nóide Cerqueira, no acesso destinado aos que costumam realizar sua tradicional caminhada, o percurso sempre apresenta uma quantidade considerável de resíduos deixados por animais, que geralmente pastam nos canteiros, apresentando sérios riscos de acidentes. Falta um sistema de limpeza pública, não somente nesta via, como na maioria das que percorrem toda cidade.

A Avenida Artêmia Pires, principal via de acesso ao bairro do SIM, Santo Antônio dos Prazeres, Jardim Brasil e Jaíba, mal estruturada desde o começo da empreitada, ainda na administração do ex-prefeito José Ronaldo, é um desafio à qualquer equipe de engenharia. Colbert Martins, atual prefeito, assumiu com todos estes equívocos e deu continuidade à obra.

Por toda extensão desta Avenida há obstáculos dificultando o trânsito intenso, tornando urgente a necessidade de duplicação da via, o que em várias partes da avenida será impossível dado a falta de responsabilidade de quem aprovou o projeto inicial.

Atualmente, com a implantação de diversos condomínios, casas comerciais, centros empresariais, clínicas e um grande fluxo de veículos em trânsito, ficou muito difícil trafegar por toda sua extensão.

Todas estas mazelas evidenciam a incompetência administrativa dos gestores públicos de Feira de Santana.

Por Alberto Peixoto