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Saúde Falta de medicação

Mães reclamam da falta de medicamento para tratar crises convulsivas dos filhos em Feira de Santana

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde da cidade informou que tem o remédio em estoque o remédio em líquido e que ele é disponibilizado no posto do bairro Campo do Gado.

27/10/2022 08h31
Por: Karoliny Dias Fonte: G1 Bahia
Mães reclamam da falta de medicamento para tratar convulsões dos filhos em posto de Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé
Mães reclamam da falta de medicamento para tratar convulsões dos filhos em posto de Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

A ausência do medicamento valproato de sódio, utilizado para tratar convulsões, em posto de saúde de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador, tem preocupado mulheres com filhos que dependem deste remédio. Conforme relato das mães, a medicação está em falta há cerca de dois meses.

Cada frasco do remédio custa, em média, R$ 20. No entanto, ele é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita. De acordo com a agente comunitária Jaqueline de Jesus, que atua no posto do bairro Campo do Gado, a quantidade de valproato de sódio disponibilizada no local é baixa.

"Vem duas caixas aí não dá. Muitas mães [ficam] desesperadas... Os filhos em crise e a gente não pode fazer muita coisa", disse.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Feira de Santana informou que tem o medicamento líquido em estoque e que ele é disponibilizado no posto do bairro Campo do Gado.

Ainda na nota, a pasta detalhou que o valproato de sódio em comprimido está sendo comprado e deve chegar na assistência farmacêutica até o mês de novembro. A data não foi detalhada.

A dona de casa Lucileide Souza disse que o filho Miguel, de 14 anos, parou de andar por volta dos quatro anos, quando também começou a ter crises convulsivas. A suspeita era de que o menino tinha uma lesão no cérebro.

"Com o passar do tempo, meu filho foi desenvolvendo outros problemas e, atualmente, há a suspeita de que ele tenha leucodistrofia ", disse.

A leucodistrofia é uma doença neurológica considerada rara, que causa paralisia progressiva, e ainda não tem cura.

Segundo Lucicleide, devido ao agravamento do quadro de saúde do filho, ela parou de trabalhar para se dedicar exclusivamente aos cuidados dele. O adolescente, que respira com a ajuda de aparelhos e se alimenta através de sonda, faz uso contínuo do valproato de sódio. Ele precisa de seis frascos do medicamento por mês.

"Ele toma esse e mais outro [remédio]. [Ou seja], temos gasto com as medicações e fraudas", detalhou a dona de casa.

Quem também reclamou da falta do medicamento foi a dona de casa Tatiane Barbosa. Ela tem um filho de cinco anos que precisa do remédio para controlar as crises convulsivas.

"Fico com medo de não ter condições de comprar e a criança ter uma crise em casa", afirmou.

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