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Inflação recuou em julho, mas ainda pesa no bolso do consumidor

Custo de vida subiu 11,38% no intervalo de 12 meses. No acumulado do ano, IPCA da capital ficou em 5,48% e é o terceiro maior do Brasil. Alimentação foi setor que mais comprometeu o orçamento.

10/08/2022 08h52
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Pela primeira vez em 33 anos da apuração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), quemede o peso de nove grupos de produtos e serviços no orçamento das famílias. Salvador teve uma folga significativa no custo de vida: houve um recuo de 1,06% na medida oficial da inflação, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (09). Essa deflação foi maior do que a média registrada no Brasil (-0,68%), e a ala de Transportes aparece como a principal responsável pelo afrouxamento da pressão nos orçamentos, recuando 5,26% - as reduções históricas de 16,97% nos preços da gasolina e 11,99% no etanol tiveram influência nesse índice.

Outros itens da despesa familiar que apresentaram redução no IPCA foram a habitação

(-2,54%, puxada pela queda da energia elétrica), comunicação (-0,35%) e artigos domésticos (-0,31%). Porém, nem tudo são flores: morar em Salvador e RMS continua doendo no bolso. Isso porque apesar dessa deflação de julho, o IPCA acumulado desde janeiro de 2022 é de 5,48%, maior do que a média nacional (4,77%) e é o terceiro maior entre as capitais do país, perdendo apenas para Fortaleza (5,65%) e Rio de Janeiro (5,6%). Na soma do período de 12 meses encerrado em julho, a coisa fica ainda mais drástica: o custo de vida da capital baiana subiu 11,38%, apresentando a maior alta em todo o Brasil.Isso porque a alimentação segue como a ‘vilã’ nos orçamentos familiares.

Foi o setor que mais apertou no bolso do cidadão, com alta de 0,7% em julho e 9,14% desde o começo do ano. O leite longa vida para o café de cada dia escalou 25,22%, no mês passado: a reportagem encontrou caixas que saíram até R$ 10 o litro. Com tamanha carestia, as famílias acabam colocando contas básicas de lado para conseguir colocar comida na mesa. O consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) Guilherme Dietze vê esse galope da inflação com preocupação. “Mesmo com mais gente empregada, a renda não tem evoluído da mesma forma, pois os preços mais altos estão corroendo esse ganho”

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