A Receita Federal apreendeu, nesta quinta-feira (15), 1,5 mil cigarros eletrônicos no Feiraguay, o maior centro de compras populares da cidade de Feira de Santana. O foco da fiscalização foram as tabacarias que existem no estabelecimento. A operação, intitulada Ruyan, aconteceu em diversas cidades da Bahia e em outros estados, para combater o contrabando de cigarros eletrônicos, já que a importação e comercialização do produto são proibidas no Brasil.
De acordo com a Receita, 3,5 mil cigarros eletrônicos foram apreendidos na Bahia durante a operação. O órgão informou ainda que, ao todo, a operação apreendeu mais de 290 mil cigarros eletrônicos, avaliados em cerca de R$ 55 milhões. Além dos cigarros, foram apreendidos também bebidas e cigarros comuns sem registro de procedência.
Quase 200 servidores atuaram em 112 estabelecimentos localizados em diversas cidades dos seguintes estados: Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
A operação contou com o apoio de diferentes órgãos parceiros de acordo com a região, dentre os quais a Polícia Rodoviária Federal, a Brigada Militar, a Polícia Civil, as Guardas Municipais, a Vigilância Sanitária, o Batalhão de Fronteiras e as Prefeituras Municipais.
O nome RUYAN, dado à operação, significa em chinês "quase como fumaça" e foi o nome dado à primeira empresa que produziu cigarros eletrônicos na China e no Mundo.
Waldik Sobral, presidente da Associação dos Comerciantes do Feiraguay (AVAMFS), afirmou que, no momento da operação, nenhuma informação havia dada da quantidade de cigarros eletrônicos haviam sido apreendidos no local e só posteriormente foi divulgado na imprensa a quantidade na Bahia.
Ele disse ainda que não tem como estimar o prejuízo dos comerciantes que vendiam o material. “Eu nem sabia que havia essa proporção de vendas desse tipo de cigarro no local. Eu ouvia falar em cigarros eletrônicos, mas não via a movimentação de quantidade de vendas do material”, afirmou.
Questionado sobre se faria alguma recomendação aos comerciantes que vendem esse tipo de produto no Feiraguay, ele disse ainda que acredita a partir de agora os comerciantes se autofiscalizarão e evitarão de vender esse tipo de produto que traz transtornos e prejuízos para eles. “Se ele vende é porque ele comprou. Uma perda como essa de qualquer maneira abala o seu financeiro”.
São ao todo 630 boxes no Feiraguay. Waldik não consegue estimar quanto vendem por ano, mas tem certeza que o local é um dos pulmões da economia de Feira de Santana. “Nós não deixamos a cidade perder a sua identidade de ter um comércio com variedade, preços baixos e quantidade de produtos. Sabemos que há uma movimentação grande de dinheiro no Feiraguay que agrega muito para a nossa cidade em termos de economia”.
É lá ainda a primeira oportunidade de emprego para as pessoas da cidade. “Somos um dos oportunizadores do primeiro emprego para as pessoas de nossa cidade que não tem experiencia profissional comprovada. Aquela pessoa que a loja convencional não consegue empregar porque nunca trabalhou em comércio antes, o Feiraguay prepara. Muitas pessoas que trabalham em lojas da cidade hoje já trabalharam no Feiraguay e tem experiencia de vendas e atendimento ao público”.
Hoje 90% dos comerciantes que vendem no local tem empresas regularizadas com nota fiscal, finaliza.
Com informações do G1
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