A vacinação infantil no Brasil chegou a seu pior nível em três décadas no ano de 2021. As informações foram obtidas através de dados do Programa Nacional de Imunizações no DataSUS. Os números de 2021 ainda estão sujeitos a revisão. Com a queda histórica nas taxas de imunizações, doenças que antes eram consideradas erradicadas no país correm o risco de voltar a assombrar a população.
Entre as maiores quedas está a da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), que em 2015 chegou a 96% das crianças, mas em 2021 caiu para 71%; a pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B), que caiu de 96% para 68% no mesmo período; e a de poliomielite (contra paralisia infantil), que foi de 98% a 67%.
O secretário de Saúde do município de Feira de Santana, Marcelo Britto, afirmou que o órgão, junto com a Secretaria de Educação, está montando um modelo para fazer a vacinação nas escolas. O secretário destacou que não pode vacinar crianças sem a autorização dos pais porque há restrições legais. “Eu não posso simplesmente pegar as vacinas, separar uma sala e vacinar todo mundo. Não funciona assim. Nosso aspecto legal não nos permite fazer isso. O que eu estou fazendo é tentar montar um modelo onde os pais possam mandar uma autorização por escrito. Para aqueles pais quiserem acompanhar a criança também não teria problema”, diz.
Britto disse ainda que se precisasse enviaria médicos, se houver necessidade, para as escolas, dando um suporte melhor. “Isso tem que ser muito bem coordenado. São muitas escolas, muitas classes. Temos que olhar os professores também que não podem ficar de fora dessa linha de investigação e tratamento”, explica.
Ainda conforme o secretário, o planejamento já está sendo feito de forma bem organizada e só está se esperando que as escolas voltem a funcionar em sua plenitude, já que são quase dois anos sem ninguém ir para escola. “Nesse primeiro momento será muito tumultuado. Nós estamos aguardando isso apenas reduzir um pouco para que a gente possamos entrar com um esquema de vacinação, com ampla divulgação e pedindo sempre o apoio dos pais”, finalizou.
Com informações do repórter Hely Beltrão
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