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Saúde Setor filantrópico

Entidades filantrópicas voltam a cobrar liberação dos R$ 2 bilhões pelo Governo Federal

Federações querem aprovação do PL 1417/2021 com urgência.

09/12/2021 12h08 Atualizada há 4 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Hospital São João de Deus, unidade da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira.
Hospital São João de Deus, unidade da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira.

Dora Nunes, presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Bahia (FESFBA), foi a Brasília com o provedor da Santa Casa de Cachoeira, Luiz Araújo, mais conhecido como Lu Cachoeira, para uma mobilização nacional exigindo com urgência a aprovação do PL 1417/2021, que já está na Câmara de Deputados aguardando votação.

Na visão da presidente, a manifestação foi positiva. “Fomos pressionar a decisão e o compromisso que o presidente Jair Bolsonaro fez com o setor, inclusive de forma pública, em maio e que até hoje não foi executado que é o repasse desses R$ 2 bilhões para que possamos pagar 13º salário e fecharmos as nossas contas”, disse.

Além dessa pressão para a aprovação do PL 1417/2021, as federações participaram de uma audiência pública onde fizeram um amplo debate sobre o apoio ao PL 2064/2020, que refere-se ao piso salarial para a categoria de enfermagem. “Pedimos que ele seja aprovado desde que haja fonte de financiamento. Essa categoria é essencial e importante para os hospitais do Brasil. O setor filantrópico não está contra esse PL, só queremos que ele, de forma viável, possa ser executado no dia a dia dessas unidades hospitalares”, explicou.

Para Dora, o setor está forte e unido. Ela acha que ele não deve ser colocado a margem das discussões das políticas públicas de saúde do país, afinal ele é responsável por 50% do atendimento da população brasileira na média e baixa complexidade e 70% da alta complexidade. “Sem o setor filantrópico o Sistema Único de Saúde (SUS) não se sustenta. Ele só é possível por causa do setor filantrópico de saúde”, afirmou.

Vários gabinetes de deputados foram ainda visitados para pedir apoio para que esse recurso cheguem as contas das entidades até o final do ano. “Dia 17 de dezembro a Câmara entra em recesso. Estamos muito ansiosos, mas com esperança de que isso ocorra. Existe uma possibilidade grande que esse PL seja aprovado. Queremos que isso aconteça o mais tardar amanhã para que haja tempo para sanção do presidente e que estejamos recebendo o mais tardar nas primeiras semanas de janeiro”.

Dora elogiou a conduta do deputado federal Antônio Brito (PSD) que tem sido aguerrido nas causas filantrópicas, com quem tem um diálogo transparente e muita acessibilidade. Ela acredita que sem esses recursos haverá mais crises na saúde do Brasil. “O problema para a liberação dessa verba está no Ministério da Economia em querer argumentar que não há recursos para a liberação das verbas”.

Na próxima semana, Dora disse que as confederações pressionarão os líderes de bancada na Câmara Federal. “Conclamo a população e autoridades políticas e sanitárias que participem e se interessem por essa ação. Que peçam ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que ele coloque o projeto em votação o mais rápido possível para ser aprovado. Acredito que ele será votado unanimemente pelos deputados, pelo que percebemos em Brasília”, pediu.

Caso o dinheiro não saia, as Santas Casas da Bahia passarão por muita dificuldade. Pode haver instituições que poderão fechar porque já estão se endividando ao longo do tempo. Com a pandemia, aumentou os valores de equipamentos e mão-de-obra. “Estamos muito preocupados. Desenho um cenário que não é bom caso esses recursos não venham para as Santas Casas da Bahia”, finalizou.

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