Com o avanço da internet, cresceu o estímulo à automedicação. Tanto pelo anúncio de produtos capazes de fazer “milagres”, como pelo compartilhamento de experiências por meio das mídias sociais. A observação é do líder da Farmácia do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), Sandro Sousa, que pontua o grande risco da automedicação para pessoas com diabetes, já que “se trata de um paciente polimedicado (faz uso de vários medicamentos). Interação medicamentosa ou a anulação da ação de outros remédios pode ocorrer, complicando o controle da doença”.
Há pessoas que deixam o medicamento prescrito pelo médico para usar outro que a vizinha sugere por ter tido sucesso. Essa atitude também precisa ser evitada porque pode causar problemas. No caso do diabetes, por exemplo, pode haver outras doenças associadas em que o uso de determinado medicamento é contraindicado.
Outro problema, mais comum nas pessoas da zona rural, segundo Sandro Sousa, é a resistência ao tratamento para o diabetes com o uso de medicamentos. “Elas acreditam no poder dos chás. E são muitos. Mas o uso de chás também precisa ser feito com cuidado porque se determinada folha reduzir o nível de glicemia e for usada junto com o medicamento, o paciente pode ter um quadro de hipoglicemia (redução do nível da glicose no sangue)”, explica.
Segundo Sandro Sousa, a Fitoterapia é muito importante e já vendo sendo usada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Farmácia Viva, mas é diferente do uso indiscriminado de chás. Substituir o consumo de água por chás é outro equívoco que precisa ser evitado. “Chás precisam ser usados com parcimônia e em pequenas quantidades”, ressalta.
O estímulo à automedicação estimula também a população a fazer estoque. Diante de ofertas, do tipo leve três e pague 2, muitas pessoas não resistem. Estocar medicamentos é um risco, principalmente para quem tem crianças. Quem faz estoque também pode guardar remédios fora da validade: vencidos, como as pessoas dizem. Sandro Sousa explica que o uso de medicamentos nessa condição não causa riscos graves à saúde, mas o efeito diminui. É tanto maior quanto mais afastada a data de validade.
O uso correto da medicação, observando a dose e o horário, faz parte do trabalho de educação em diabetes que o Cedeba desenvolve para fortalecer o autocuidado.
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