É comum que as mulheres sofram aborto espontâneo na sua primeira gestação. O médico ginecologista Francisco Mota explica que o índice de abortamento na primeira gestação realmente não é baixo e varia de 5% a 15%. “Isso quer dizer que a cada 100 pacientes, até 15 podem acabar perdendo o bebê. O que acontece na maioria das vezes é que essas pacientes nem sabiam que estavam grávidas”, explica.
A maior parte dos abortamentos acontecem no primeiro trimestre, quando a paciente está com menos de 13 semanas de gestação. “Abortamentos mais tardios, como com cinco meses, precisam ser investigados”, disse.
Para o ginecologista, não são os índices que tem aumentado e sim a detecção precoce da gestação. “A mulher tem feito exames mais periodicamente. Com um ou dos dias de atraso faz o exame e dá positivo. Quando a gestação não evolui se constata o abortamento”.
A perda do bebê pode ter diversas causas e uma delas pode ter ligação com a questão genética paterna. “Temos casos de abortamentos de repetição, que é quando a paciente teve três abortos ou mais. Podem ter várias causas como a endócrina, que é quando algum hormônio da mulher está alterado, alguma deficiência do útero de segurar a gestação, por infecção, uma causa imunológica, quando o próprio organismo da mulher rejeita o feto ou existe alguma reação dela ao espermatozoide do marido”, diz.
Francisco explica que é considerado vida quando há o batimento cadiofetal, ou seja, se o coração do feto está batendo, já é vida. “É preciso distinguir parto prematuro de abortamento. Se o feto tem mais do que 500g é um parto prematura. O bebê foi a óbito e precisa ser registrado antes. Abaixo de 500g não é preciso registro do nascimento”.
Quando há um abortamento de um feto grande, por volta de 20 semanas, Francisco explica que precisa ser investigado minuciosamente para tentar descobrir qual foi à causa, independente da paciente ter tido perda anteriores ou não.
O ginecologista diz ainda que, quanto mais aumenta a idade da mulher, aumenta o risco de aborto. “Uma mulher mais jovem tem um risco menor de sofrer aborto do que uma mulher com mais de 40 anos de idade. Na maioria da vezes, em mulheres mais velhas, o aborto vem por causas genéticas. Quanto mais aumenta a idade, maior o risco de má formação do feto”, finalizou.
Com informações do repórter Reginaldo Lima
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