Marcela Prest, presidente do PSOL em Feira de Santana, falou sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro a distribuição gratuita de absorventes. A decisão trouxe novamente ao debate o conceito de "pobreza menstrual" e a dificuldade de promover políticas públicas capazes de acolher estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.
Segundo Marcela, afirmou que a pobreza menstrual é a falta de acesso não somente a absorventes como também a saneamento básico. “São mais de 700 mil meninas que no Brasil não tem em sua casa água encanada ou um chuveiro, por exemplo. Que condição essa menina terá para passar mensalmente pelo período menstrual? Pobreza menstrual é a falta de acesso a esse direito básico, direito humano”, afirmou.
Marcela disse que as mulheres têm lutado e o projeto garantiria acesso ao absorvente para que elas possam ir à escola e trabalhar dignamente. “Passamos por isso todos os meses por quase 40 anos. Ter acesso a esse direito básico que é a higiene não é um luxo, é um item que tem que ser inserido inclusive na cesta básica”, completou.
Marcela diz ainda que, de acordo com um relatório da UNICEF que saiu no ano de 2021, são quatro milhões de meninas que não tem acesso ao absorvente. “Esse programa garantiria esse acesso nas escolas, nos postos de saúde, para meninas e mulheres, mas também para aquelas que estão em situação de rua ou privadas de liberdade. Isso mostra o quanto esse governo odeia as mulheres, é inimigo delas e não se preocupa com a vida porque quando não tem absorvente elas usam miolo do pão, papel. Isso causa infecções e doenças”, disse.
PSOL e Presidência da República
Em nota, o PSOL afirmou que poderá não ter candidato a presidência da República. Falando sobre o assunto, Marcela disse que o partido passou a pouco tempo por um congresso virtual e a resolução é de que a legenda tem como prioridade nesse momento derrotar Bolsonaro nas ruas.
“Não dá para esperar as eleições de 2022. Nós saímos com essa resolução unitária do nosso partido e polarizados por duas posições, que eram a de colocar uma candidatura própria e com o programa que o PSOL tem apresentado nos últimos anos, e a de não colocar. A definição será tomada mais adiante, em abril, em nossa convenção eleitoral. Não vetamos nenhum nome e existe uma possível candidatura do deputado federal Glauber Braga”, afirmou.
Com informações de Reginaldo Junior
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