"Chegamos até a bolar uma Micareta Virtual", disse Edson Borges sobre atividades culturais na cidade

O secretário Municipal de Cultura Esporte e Lazer, Edson Borges, realizou uma coletiva virtual, para poder explicar a situação da pasta que assume dentro da administração feirense. De acordo com o gestor o ramo artístico e cultural está sendo o mais afetado durante a pandemia de coronavírus. Já que a maioria das ações promovidas pela entidade envolvem aglomerações e estão proibidas de acontecerem, até a possibilidade de uma “Micareta Virtual” foi cancelada.

Em entrevista ao Programa Levante á Voz, da Sociedade News FM, Edson Borges explicou o porque as ações da secretaria estão paradas.  

“O setor de lazer, de entretenimento, o setor artístico e cultural é um dos que mais tem sofrido com essa pandemia, tirando as chamadas lives dos artistas, está tudo parado não está acontecendo nada”, disse o Secretário.

Por conta de ordem judicial as administrações municipais estão proibidas de promoverem ações culturais. Inclusive o projeto da realização de uma Micareta Virtual, para substituir a famosa Micareta feirense, foi barrada.  

“O pior de acordo com o Trinunal de Contas e o Ministério Publico Estadual, a prefeitura não pode gastar nem R$1,00 com qualquer tipo de evento festejo ou live, então isso piorou mais ainda, porque proíbe qualquer tipo de ação, inclusive aquelas pela internet”, informou o gestor.

Um projeto de Lei tramitando no legislativo prevê uma ajuda emergencial para o setor cultural, porém ainda não entrou em votação.

“Agora de manhã terminei de elaborar um documento que eu e o prefeito vamos assinar para enviar o congresso para os deputados votados e Feira de Santana, pedindo que agilizem a votação e que aprovem esse projeto”, salientou Edson.

As atividades culturais sustentam toda uma rede de geração de emprego e renda, que foi quebrada com a suspenção das atividades, deixando muitos profissionais desse ramo parados.

“Da semana santa pra cá eu consegui 200 cestas básicas, e essas cestas foram distribuídas para associações de artistas, pela associação de técnicos de som, e estamos conseguindo mais, a medida que elas forem chegando, nós vamos repassando pra essas entidades”, pontuou.

Por fim o Secretário afirmou que a situação não apresenta boas previsões para o futuro, pelo menos, até que a doença esteja completamente controlada.

“Mesmo que essa pandemia entre em declínio, lá pra agosto ou julho, só aconteçam casos esporádicos, até que exista uma vacina para esse vírus, fica inviável a realização de qualquer tipo de aglomeração como eventos ou shows, pois vão estar sujeitos a contaminações”, concluiu Edson Borges.

FOTO: Reprodução PMFS