Com auditório cheio na Faculdade de Economia da UFBA, em Salvador, a 20ª edição do Encontro de Economia Baiana (EEB) destacou temas que refletem os grandes desafios do país e do estado atualmente. Entre eles, os impactos do tarifaço norte-americano na economia global e baiana e os desafios da segurança pública na Bahia. Promovido pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), pela Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA), o evento reuniu, ontem e hoje, dias 16 e 17 de outubro, pesquisadores, gestores e estudantes em torno de reflexões sobre desenvolvimento, desigualdade e inovação.
Na abertura, o diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira, ressaltou o papel estratégico do encontro, “um espaço de reflexão e troca de ideias que fortalece o sistema de inovação do Estado e o desenvolvimento da Bahia.” Ele lembrou que a SEI, recentemente reconhecida como Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), reafirma seu compromisso com a produção de conhecimento de ponta para a gestão pública.
O diretor da Faculdade de Economia da UFBA, Henrique Tomé, celebrou os 20 anos do evento como um marco de renovação: “É tempo de repensar, inovar e valorizar ainda mais a pesquisa voltada aos problemas da sociedade.” Já a presidente do Corecon-BA, Isabel Ribeiro, destacou a parceria entre as instituições: “A SEI sempre foi nossa casa da informação na Bahia e uma referência no Nordeste, assim como a Faculdade de Economia é referência em formação e debate econômico.”
Tarifaço e desafios globais
A mesa Tarifaço, geopolítica e o governo Trump: impactos globais e desafios para o comércio abriu as discussões do evento com Vladson Menezes (FIEB) e Armando Castro (SEI). O debate abordou como o recente tarifaço norte-americano afeta o comércio internacional e a competitividade de economias emergentes. Foram discutidos também os efeitos da política externa dos EUA sobre as exportações brasileiras e baianas, que afetou setores específico, por um lado, mas abriu oportunidades de reposicionamento do país em cadeias produtivas globais, com a busca pela diversificação das parcerias e o protagonismo da China.
Os economistas Daniel Cajueiro (UnB) e Paulo Canas (UFBA) completaram o primeiro dia com reflexões sobre o uso da inteligência artificial nas políticas públicas, destacando o potencial das novas tecnologias para otimizar decisões e aprimorar a eficiência governamental.
Segurança e Planejamento
O segundo dia começou com a mesa Economia do crime e segurança pública na Bahia: desafios e estratégias para o desenvolvimento social, conduzida por Jadson Santana (SEI/UFBA) e Maria Côrtes (SSP/UFBA). Jadson apresentou dados que apontam a queda de 8,3% nas mortes violentas entre 2023 e 2024 no estado, confirmando uma tendência de queda dos últimos quatro anos, mas alertou que o estado ainda é, proporcionalmente ao tamanho da população, o mais violento do Nordeste e o segundo do país. Ele destacou que o gasto com violência representa 4,74% do PIB baiano, e apontou como relevantes a ampliação dos investimentos em inteligência e informação nas polícias e a maior integração entre segurança, educação e inclusão social.
Na sequência, Raniery Muricy (Seplan) e Rosemberg Valverde (UEFS) discutiram os rumos do desenvolvimento econômico da Bahia. Raniery defendeu uma visão de longo prazo, lembrando o Plano de Desenvolvimento Integrado Bahia 2050 (PDI Bahia 2050): “O longo prazo impõe também a ação de curto prazo, porque as transformações estruturais que buscamos para as próximas décadas dependem das decisões e investimentos que fazemos agora.”
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