Foto: Boca de Forno News
No Colégio Estadual Odorico Tavares, no bairro Caseb, está acontecendo a apresentação de diversos projetos. O evento foi feito pensando no Setembro Amarelo, que é uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. Desde sua criação em 2015, a campanha incentiva o diálogo sobre saúde mental e oferece suporte às pessoas que enfrentam crises emocionais.
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A professora do Odorico Tavares, Graziela Pereira, que trabalha há 25 anos na unidade, afirmou que a escola foi contemplada com um projeto nacional, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), coordenado pela professora da Universidade de São Paulo (USP) Romilda. São dez escolas públicas de educação básica e o Odorico é a única do Nordeste a ser contemplada com atividades de ações de sustentabilidade e motivação de alunas para ingressar na área de ciências exatas, tecnologia e engenharia.
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Segundo a professora, os alunos tem se interessado muito. “Quando fazemos uma atividade com a Unef, a UFRB, a Uefs, como visitas técnicas aos laboratórios de engenharia, levamos as bolsistas e alunos do 3º ano ensino médico, o que motiva não apenas elas, mas toda a comunidade escolar”.
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Sheila Torres, diretora do Odorico, ressalta que os projetos de ambos os colégios combinaram. “Nosso projeto de sustentabilidade com o de auxilio as meninas que são protagonistas com o reconhecimento da mulher. São vários projetos integrados. Nosso projeto das minas veio em parceria com a Uefs que foi se desenvolvendo com outras parcerias e estamos levando-o para outros níveis”.
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Aluna do Odorico, Gabriela Silva, com 17 anos, participa do projeto das Minas que vem com a tática de que a sustentabilidade atribui também a igualdade de gênero. “Falamos muito sobre mulheres nas ciências, nas extas e nas engenharias justamente com esse objetivo de trazer para a nova geração que esse assunto pode ser falado e praticado, não apenas um discurso bonito na internet”.
Para a estudante, a escola não apenas fala sobre o assunto como também o pratica muito. “Não fica apenas na teoria, vai além das atividades, mas na prática do assunto no dia a dia”.
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Tatiana Moreira, idealizadora do projeto “Vozes Seguras Contra o Bullying e a Violência de Gênero nas Escolas” também esteve presente no evento. Ela é professora do Colégio Governador Luiz Viana Filho, na Cidade Nova, e afirmou que a ideia surgiu do trabalho que é realizado sobre violência contra a mulher. “Fizemos uma roda de conversa. Trouxemos 16 alunos, onde a cada sala três deles fazem uma palestra falando sobre bullying, violência de gênero e namoro abusivo, assuntos alusivos à saúde mental dos estudantes”.
O namoro abusivo tem sido frequente nas escolas. “Os namorados e namoradas começam a proibir o uso de celular, stalkeia os aparelhos, proíbe a saída com colegas de sala e são os alunos que falam para os seus pares sobre a importância de ter um namoro saudável. Se é abusivo no namoro com certeza será um casamento violento”.
No Luiz Viana são nove salas com o projeto e o saber está sendo multiplicado. “A intenção é conscientizar e educar sobre os assuntos com a linguagem de estudante para estudante”. Vice-gestora do Luiz Viana, Sheilla Lima, ela foi junto com a professora Tatiana levar o projeto para o Odorico. “Podemos ouvir os alunos em sala de aula com uma roda de conversa entre eles mesmos e isso é muito legal. Que possamos fazer isso em outras escolas e possamos estar com esse intercambio”.
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Janine Silva, que tem o projeto Escuta Acolhedora, onde ela escuta alunos com problemas de saúde mental dando a eles formas de saírem dessa situação através dos cursos que já fez sobre o assunto. “Temos ainda uma psicóloga onde passo para ela os casos. Temos conseguido êxito porque alunos que se automutilavam já não o fazem mais. Temos mostrado a importância de ser escutado e que eles entendam que podem ser tratados”.
Ela já teve depressão, vem de um luto difícil pela morte da sua mãe e entende o problema. “Vim para ajudar pessoas que passam pelo que eu já vive”.
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O aluno do Luiz Viana, Matheus Cerqueira, de 17 anos, participante do projeto, afirmou que ele funciona com um aplicativo que está funcionando no colégio e o aluno pode denunciar se identificando ou anonimamente sobre as violências. “A denúncia vai para a gestão e lá eles tomarão providências. Percebemos que o bullyng está estragando cada vez mais a vida dos estudantes. 6,7 milhões já sofreram violência dentro das escolas e por causa dele já tem problemas psicológicos”.
O aplicativo é recente e eles ainda estão divulgando. “As denúncias ainda são poucas, mas estamos divulgando ele”, finaliza.
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