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Cultura Crônica da semana

Mobilidade Urbana em Feira de Santana

Por Alberto Peixoto

09/08/2025 08h32
Por: Karoliny Dias Fonte: Alberto Peixoto
Foto: Wevilly Monteiro
Foto: Wevilly Monteiro

A avaliação da mobilidade urbana em Feira de Santana revela uma série de particularidades e desafios que influenciam a vida cotidiana dos seus habitantes. A infraestrutura viária em constante crescimento enfrenta cada vez mais limitações significativas que afetam a fluidez do tráfego e a segurança dos usuários. Os padrões de circulação, combinados com a falta de planejamento e a ocupação desordenada do espaço urbano, resultam em situações que comprometem a eficiência do transporte na cidade.

A dinâmica de estacionamento é um aspecto crucial a ser abordado, pois práticas como o estacionamento em fila dupla tornam-se recorrentes, não apenas desorganizando o trânsito, mas também gerando impactos diretos na mobilidade pedonal. Os motoristas, ao não encontrarem alternativas viáveis, acabam aumentando a sua permanência nas vias, o que não só intensifica os congestionamentos como também cria um ambiente propício para acidentes. Essa situação é particularmente preocupante em áreas centrais, onde a concentração de atividades comerciais atrai um maior fluxo de veículos e pessoas. Enquanto isso, o projeto da Zona Azul, promessa de melhoria de fluidez no trânsito do centro da cidade, nunca saiu do papel.

Adicionalmente, a conscientização da população em relação às regras de trânsito e à importância do respeito ao espaço destinado a pedestres se torna essencial. Campanhas educativas e ações de fiscalização – que não são feitas – podem servir como um meio eficaz de reduzir a desordem no trânsito e promover uma convivência pacífica entre os diferentes usuários da via.

Em resumo, a mobilidade urbana em Feira de Santana demanda uma abordagem integrada, considerando tanto os aspectos estruturais quanto comportamentais, a fim de garantir um trânsito mais ordenado e seguro para todos os cidadãos. Inicialmente, é imperativo considerar a infraestrutura existente, que, embora tenha passado por melhorias, ainda apresenta deficiências significativas. Ruas estreitas e mal pavimentadas, associadas ao crescimento populacional e ao aumento da frota de veículos, resultam em congestionamentos frequentes.

A ausência de alternativas viáveis de transporte público, por sinal muito precário, agrava a dependência de automóveis. A escassez de opções como ônibus integrados – não temos um sistema de BRT – ou sistemas de ciclovias eficazes faz com que muitos cidadãos optem pelo uso de veículos particulares, intensificando os problemas de mobilidade. A falta de fiscalização adequada em relação a infrações de trânsito e o não cumprimento das leis de estacionamento ampliam os desafios enfrentados, resultando em zonas críticas onde o trânsito se torna caótico. Não temos um projeto de carga e descarga em horário especifico.

O futuro da mobilidade em Feira de Santana reside em um plano de ação que contemple inovações tecnológicas e tendências de mobilidade urbana sustentáveis. Uma visão a longo prazo deve englobar não apenas a infraestrutura e a legislação, mas também o envolvimento ativo da comunidade, as parcerias entre o setor público e privado, e iniciativas de organizações não governamentais. Assim, é plausível imaginar uma cidade onde o trânsito flui com eficiência, a segurança é priorizada, e o espaço público é respeitado e valorizado. Em suma, somente por meio de um esforço conjunto será possível garantir uma mobilidade urbana que beneficie a todos.

Por Alberto Peixoto

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