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Bahia é o terceiro estado com o maior número de estudantes a acessar a universidade, diz Rowenna Brito

Secretária de Educação falou ainda sobre lei que restringe os celulares nas escolas, índices do Ideb e evasão escolar.

13/02/2025 09h09 Atualizada há 1 mês
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Rowenna Brito - Foto: Boca de Forno News
Rowenna Brito - Foto: Boca de Forno News

A secretária de Educação do Estado da Bahia, Rowenna Brito, falou sobre a terceira série consecutiva que a Bahia aumenta o resultado do Ideb e isso é fruto da aprendizagem dos estudantes e de um trabalho de decisão e gestão. “Começamos o ano letivo inaugurando uma escola, que foi o tom que demos no ano passado, de unidades escolares novas e modernizadas”. Ela fala sobre a Colégio Estadual de Tempo Integral na cidade de Conceição do Jacuípe, inaugurada nesta segunda-feira (10) e marcando também oficialmente o início do ano letivo de 2025 da rede pública estadual de ensino na Bahia.

Ainda conforme a secretária, a escola, assim como todas as outras, ficou aberta nas férias para os estudantes. “As escolas não estavam fechadas, estavam funcionando e os estudantes estavam desenvolvendo todas as atividades lúdicas como canto, coral, dança, esportes e com alimentação reforçada. Esse ano de 2025 não tenho dúvidas que será muito mais potente que foi o ano de 2024. Começamos com uma Jornada Pedagógica potente em parceria com os municípios para começar o ano letivo juntos e garantir os 200 dias letivos dos estudantes”.

2025 é ainda ano de avaliação. “Acompanharemos de perto as unidades escolares e o resultado do Ideb não tenho dúvidas de que é articulado rede estadual e municipal porque a criança estuda na rede municipal e depois vem para a estadual. O resultado é da Bahia e não da rede estadual e temos que comemorar os bons dados da educação da Bahia, sendo oposição ou não. Temos que torcer pela Bahia e construir junto”.

A Bahia é ainda o terceiro estado com o maior número de estudantes a acessar a universidade, ressalta a secretária. “Um dado que poucas pessoas tem é que se olharmos para a rede estadual da Bahia ficamos em 4º lugar com a rede que mais teve nota 980. Do país, somos o estado que mais teve nota 980 na rede estadual de ensino. Se eu coloco as redes privadas e os regressos fico em 5º lugar. Estamos dando a resposta dos bons resultados do investimento que já estamos colhendo agora”.

Lei que restringe celular nas escolas

Sobre a Lei que restringe o uso de celulares nas escolas, Rowenna diz que ela vem para cuidar da saúde mental e da qualidade da aprendizagem dos estudantes. “Essa Lei foi construída por muitas mãos. Todo mundo valoriza essa iniciativa e a sanção de uma lei como essa. Temos um plano. O último sábado (8), o governador Jerônimo Rodrigues se reuniu com todos os Núcleos Territoriais para compartilhar com a rede. Precisamos ter muito cuidado. Não vamos tirar o celular da vida do estudante. Vamos utilizar ele com qualidade”, diz.

O celular será usado como ferramenta pedagógica. “O estudante ficará aqui sete horas e os professores precisarão tomar mão de várias estratégias pedagógicas e uma delas é utilizado o celular. Estamos entregando ainda tablets para os estudantes de séries estratégicas para fazer avaliação e acompanhamento, com orientação. Precisamos chamar junto a família porque não somos poder de polícia. Por isso que é conscientização. Todos os responsáveis serão chamados na escola até o dia 14 para que entreguemos para ele um documento orientador explicando que o seu filho não pode utilizar o celular fora do horário orientado”.

As escolas terão ainda que cuidar da saúde mental dos estudantes porque sabe-se que tirando o celular muitos deles sentirão abstinência e vão precisar ter um cuidado e acompanhamento diferenciado. “O tempo de tela impacta na vida e na saúde no estudante. Com essa lei, muitos pode preferir ficar em casa do que vim para a escola e o que estamos dizendo é que na escola usaremos muito o celular, mas com qualidade e com orientação do professor. Tem muitos desafios essa lei, mas se as famílias estiverem com a gente e a sociedade como um todo em prol da qualidade da educação dos estudantes da Bahia e do Brasil”.

Matrículas

As matrículas da rede estadual ficaram dentro das expectativas do Governo do Estado. Foram quase 200 mil estudantes. “Recebemos eles e vamos buscar mais porque tem muito jovem adulto que não estudou na idade oportuna, sobretudo por questões sociais. Estamos chamando esses jovens e adultos para a escola. Colocamos cursos técnicos que dialogam com arranjo produtivo do território. Eles já estão em todos os municípios da Bahia e esse é um passo muito importante”.

Jornada Pedagógica

Sustentabilidade, tema da Jornada Pedagógica, não é apenas cuidar do meio ambiente, mas também do outro e do ambiente onde está, salienta Rowenna. “Quando se entrega uma boa escola é sustentabilidade porque se está investindo na qualidade da educação”.

Evasão escolar

O Estado tem investido em educação de tempo integral para evitar a evasão escolar. “Uma escola onde o estudante fica sete horas, com sala climatizada, quadra esportiva e com a bolsa presença que é o nosso programa de permanência. O estudante não precisa sair para trabalhar. E tem o “Mais Estudo” onde estudantes com bom desempenho podem ser monitor das matérias com os seus próprios colegas”.

Ao sair das escolas para as universidades, os estudantes relatam um pouco de medo desse novo, já que em sua escola os professores já os conheciam. “Precisamos potencializar a permanência dos estudantes nas universidades e o “Mais Futuro” vem para isso. O “Partiu, Estágio” inclui o ensino superior. Estamos falando de 22 mil estudantes nas universidades públicas”.

Dependência de matérias

As pesquisas e os estudos dão conta de que o estudante reprovado tem cinco vezes mais possibilidade de abandonar a escola. “A nossa obrigação enquanto estado é manter o estudante na escola, mas não de qualquer jeito. É com acompanhamento de professores e tutores que são dedicados a ajudar estudantes que ficaram com pendência em algum componente curricular no ano anterior”.

A estratégia é de roda de conversa com as famílias desses estudantes. “Eles precisam de atenção diferenciada porque ele fará o seu ano, a sua série e mais o componente curricular do ano anterior. Temos 30 mil de estudantes que ficaram com dependência. Desses, na primeira unidade, eles lograram êxito nos seus componentes curriculares que ficaram pendentes no ano anterior na série que estava vigente. Esse dado é importante, não perdermos nenhum estudante”, finalizou.

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