Apesar do aumento de 127,9% no número de casos de Influenza na Bahia, com registro de 37 mortes, a adesão à vacinação ainda está baixa no estado. A situação tem preocupado autoridades de saúde, como a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que alertou para o fato de que a cobertura do público-alvo está muito aquém da meta, que é de 90%.
No país, apenas 24,18% do público-alvo se vacinou contra a gripe, segundo dados do Ministério da Saúde, atualizados nesta quinta-feira (25). Ao todo, são mais de 16 milhões de doses aplicadas no país, sendo 788.228 delas (o que corresponde a 16,64% das populações dos grupos prioritários), na Bahia. Apesar dos baixos percentuais de cobertura, por enquanto, o governo federal não prevê ampliação do público-alvo da campanha.
“A expectativa é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores da rede pública de ensino, entre outros públicos prioritários”, disse, em entrevista à Agência Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Até levantamento divulgado no último domingo (21), a Bahia estava em quarto lugar no ranking dos estados com menores porcentagens da população vacinada, à frente apenas do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Com foco em reverter esse cenário, o governo da Bahia propôs parceria com os municípios para incentivar a vacinação e facilitar o acesso aos imunizantes.
“A gente está se aproximando do período, tradicionalmente, de maior incidência de casos de gripe provocados pelo vírus da Influenza, até por conta das estações mais frias. Então, é muito importante que as pessoas se vacinem e evitem o pior”, explica a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.
E os dados já revelam a gravidade deste quadro. Conforme o último Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em abril, as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram, e entre as causas está o vírus da gripe (influenza A), representando 20,8% dos casos.
“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, reforça o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
Feira de Santana
Em Feira de Santana, o início da vacinação para Influenza começou em março. Na fase inicial, o imunizante foi destinado aos grupos prioritários que podem receber a dose em uma das 104 salas de vacina localizadas entre a sede e a zona rural.
São considerados grupos prioritários as crianças de seis meses a menores de seis anos, crianças indígenas de seis meses a menores de nove anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, idosos com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência permanente.
Além disso, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais de qualquer idade, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso), pessoas em situação de rua, profissionais das forças armadas e das forças de segurança e de salvamento, trabalhadores portuários, funcionários do sistema de privação de liberdade e a população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas entre 12 e 21 anos também devem ser imunizados contra a doença.
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