O “Palavra de Médico” deste domingo (17) falou sobre doenças autoimunes. Doenças autoimunes são condições crônicas em que o sistema imunológico, que normalmente defende o corpo contra infecções, ataca as próprias células e tecidos saudáveis. O sistema imune passa a confundir o que é próprio do corpo com agentes estranhos, produzindo autoanticorpos que causam inflamação e dano. Exemplos incluem artrite reumatoide, lúpus, psoríase e diabetes tipo 1. O diagnóstico e tratamento são complexos e dependem do tipo de doença, mas o tratamento pode controlar os sintomas e prevenir sequelas.
O médico Tarcízio Pimenta explica que doenças autoimunes é o corpo reconhecendo que determinado órgão é inimigo dele. “Seu corpo reage e ataca ele mesmo. Exemplos: ele acha que a tireoide está contra o funcionamento do corpo e ataca as células dela. Acha que a pele é inimiga e a ataca. Acha que o intestino está trabalhando contra o seu corpo de uma forma geral e o ataca. É uma mensagem errada que chega ao conhecimento do seu corpo, ele reage e produz anticorpos contra ele mesmo. É preciso controlar isso”.
Ele ressalta ainda que muitas pessoas morreram de Covid justamente por isso. “O corpo entendia que havia respostas imunológicas excessivas e isso atacava o coração principalmente, matando as pessoas. É o que chamamos de crises da imunidade excessiva. Todos nós temos imunidade e precisamos controla-la com um bom sono, boa alimentação, evitando estresse. Temos trilhões de células que nos defendem que estão em todo o corpo. Quando acontece essa autoagressão acontece, é quase que uma tempestade que o nosso corpo responde”.
São mais de 80 doenças autoimunes que precisam ser identificadas porque ela não aparece com urgência como um infarto ou pressão alta. “Ela aparece em torno de dez a 15 anos. O seu corpo dá sinais. Cansaço, aumento excessivo ou a diminuição de peso, alterações digestivas como diarreia, manifestações na pele como manchas, fadiga, mal estar geral, queda de cabelo, anemia, sensação de fraqueza. O corpo sinaliza e precisa investigar para ver o que está acontecendo”.
A partir dos 50 anos o sistema digestivo não funciona do mesmo jeito e é preciso que haja investimentos em relação a saúde para o corpo funcionar melhor. “São situações simples que ajudam. Se você vai comer carne, esprema um limão para te ajudar na digestão dessa proteína, por exemplo. Use uma enzina digestiva porque isso vai fazer com que sai digestão melhore a cada dia. Não coma trigo em excesso porque ele é um dos alimentos mais inflamatórios e que mais levam a doenças autoimunes”.
Saber a dosagem das vitaminas D e B12 e da ferritina anualmente são fatores importantes que se deve avaliar. “São alarmes que o seu corpo mostra que é preciso avaliar”. As principais doenças são artrite reumatoide, lúpus, diabetes mellitus tipo 1, tireoidite, psoríase, doença celíaca, esclerose múltipla, vitiligo. “O sistema que responde a gente de forma imunológica está em órgãos como a medula, baço e um órgão importantíssimo em relação a imunidade que é o intestino. Quem tem um intestino funcionando mal tem uma imunidade ruim. Ele tem uma mucosa que protege a gente da absorção de determinadas substâncias tóxicas. Por isso, proteger o intestino é fundamental”, finaliza.
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