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Polícia Salvador

"Vocês vão me matar", implorou homem espancado até a morte no Corredor da Vitória

Quatro suspeitos teriam imobilizado e agredido brutalmente a vítima.

27/03/2024 09h09
Por: Karoliny Dias Fonte: BNews
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Testemunhas que presenciaram o espancamento até a morte do morador de rua, no bairro do Corredor da Vitória, em Salvador, durante a madrugada do último sábado (23), relataram o sofrimento da vítima durante as agressões dos quatro suspeitos.

Em documento da audiência de custódia, ao qual o site teve acesso, moradores da região disseram que o homem ainda chegou a implorar pela própria vida, dizendo que os suspeitos iriam matá-lo. 

"A depoente desceu para e de dentro do prédio ouviu que esta pessoa que estava sendo agredida gritava: 'vocês vão me matar...', salientando que os demais não pararam com as agressões", relata trecho do documento. 

Na sequência, a testemunha diz ainda que um dos suspeitos gritou que o agredido se tratava um ladrão e uma outra pessoa, do sexo feminino, rebateu: “se ele é ladrão, vocês são assassinos”.

O espancamento teria começado com três indivíduos, mas, posteriormente, um quarto homem, sem relação com os agressores iniciais, chegou e também participou do assassinato. Após ser confrontado por uma das testemunhas, o último indivíduo ainda teria mandado ela "calar a boca". 

Identificada apenas como Simone, a testemunha "desceu para a parte térrea de seu prédio; que a todo momento a pessoa agredida pedia socorro e dizia que eles iriam lhe matar, ao tempo em que um dos rapazes negava tal fato".

De acordo com o documento, até a chegada da Polícia Militar (PM-BA), a vítima em momento nenhum deixou de ser agredida. Um dos suspeitos ainda teria dito a uma das testemunhas: "estou fazendo isso para ele não te assaltar amanhã".

Todos os envolvidos no crime confirmaram em interrogatório que entraram em luta corporal com o morador de rua. O documento aponta que a vítima foi imobilizada com uma 'gravata' e também com o joelho, além de ter recebido socos e pontapés. 

Por fim, a decisão traz que os quatro indivíduos são réus primários e possuem residência fixa. Mesmo assim, a examinação dos fatos "corroboram com a prisão preventiva a fim de garantir a ordem pública". 

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