O governador Jerônimo Rodrigues, em sua visita a Feira de Santana, nesta segunda-feira (22), inaugurou a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera do Hospital Estadual da Criança, um espaço fundamental para o cuidado e atendimento especializado às mulheres grávidas e seus bebês. Segundo Jerônimo, ela é a primeira do interior da Bahia. “Quando a mãe tem qualquer complexidade no parto, ela ficará próximo do seu filho para amamentar, cuidar e zelar por ele”.
Quando a gravidez é de risco, a mãe ficará na Casa antes do seu parto. “Já temos uma senhora aqui com cinco meses de uma gestação complicada. “Aqui ela terá todas as condições de acompanhamento. É uma casa para o antes, durante e depois da gestação. É uma inovação. Às vezes, quando a mãe é pobre e tem qualquer complexidade em seu parto ou na gravidez, não tem esse acompanhamento. Aqui, buscando a informação, ela poderá ficar o tempo que for necessário”, explicou.
Convite ao prefeito
O governador convidou ainda o prefeito Colbert Martins para discutir a saúde da cidade. Jerônimo disse que, geralmente, hospitais estaduais ficam em cidades grandes. Isso traz vantagens para que as pessoas cheguem e sejam atendidas. Ele lembra que o HGCA, apesar de estar em Feira, ele não é de Feira, é regional. “Quando não temos a parceria adequada com os municípios, acabamos fazendo um serviço que era para estar em uma UPA ou na Atenção Básica. Isso superlota porque não podemos deixar de atender ninguém. Já vimos corredores aqui lotados”, disse.
Jerônimo disse que recorreria ao Ministério Público e ele teria que entender o que acontece quando existem casos que deveriam estar em uma UPA e estava em um hospital regional. “Meu convite é para que possamos sentar com o município e vejamos qual é a responsabilidade e apurar. Não vou poupar dinheiro. Estamos sempre ampliando porque sabemos a importância do HGCA, mas tem uma hora que bate no teto”.
O conceito de regulação, ressalto o governador, não é só do Estado. O Estado coordena. “Mas tem a responsabilidade do município, da União e a nossa, tanto financeira como de atendimento. Vamos ver o que podemos fazer e, se for preciso, não negarei apoio financeiro para até mesmo construir. O que eu quero é resolver o problema”.
Antes, lembra Jerônimo, era uma percepção ruim que se tinha do HGCA e hoje se abre novos leitos com equipamentos de vanguarda. “Precisamos encontrar qual é o nosso gargalo e ele é o sistema de saúde do município. Eles precisam pactuar com a gente para que possamos responder. Eu sei que tratamento de alta complexidade é Uniao e Estado que tem que responder, mas maternidade, UPA sabemos de quem é a responsabilidade”.
Secretária de Saúde
Secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana - Foto: Boca de Forno News
A secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana ressaltou que são 20 leitos disponibilizados para as pacientes que muitas vezes não precisavam mais estar dentro do hospital, mas precisavam, pela distância do seu município, ocupar um leito. “Com isso, deixávamos de atender alguma outra paciente de situação mais urgente. Com essa Casa, elas serão acolhidas. Esse é um grande passo”.
Ela disse ainda que tem pedido muito para que se trabalhe a atenção primária e o fortalecimento do pré-natal para que se evite a quantidade de gravidezes de alto risco que tem acontecido nos últimos tempos.
A Casa é de suma importância porque é uma casa de acolhimento onde as mães, principalmente as do interior e que têm gestação de alto risco, serão recebidas. “O que propomos aqui é um ambiente familiar, onde ela se sente acolhida de forma humanizada, mas temos profissionais de saúde e estamos ao lado de uma unidade de referência se ela precisar. As gestantes que poderiam estar em casa, mas têm a distância do município, vão estar acomodadas aqui”.
Isso, conforme Roberta, ajuda na regulação, sem dúvida. São 20 leitos de pacientes que podem ser remanejados para a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera do Hospital Estadual da Criança para ir abrir vaga, efetivamente, para mães que precisam de maior complexidade. “O governador Jerônimo Rodrigues chamou o prefeito de Feira para um debate na saúde. A questão da regulação passaria por esse debate sem dúvida. Esse é o grande ponto que deve ser debatido e não temos medo de discutir. Estamos a disposição”, finalizou.
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