Caíram mal entre os aliados do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL), que na presença do gestor, nesta quinta-feira (10), fez críticas contundentes à letalidade policial no estado.
Na ocasião, o petista deu um sermão na administração do Rio ao comentar a morte de um garoto de 13 anos, na Cidade de Deus, durante ação da Polícia Militar. “O povo da periferia precisa ser tratado com respeito para que nunca aconteça o que aconteceu com um menino que foi assassinado por um policial despreparado”, disse Lula.
“Nós precisamos criar condições de a polícia ser eficaz e estar pronta para combater o crime. Mas essa polícia tem que saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua. E para isso ela tem que estar bem formada”, afirmou o presidente, dando as costas para a plateia e virando-se para Castro.
Embora o governador do Rio tenha se mantido calado e apenas tenha esboçado desconforto com a situação, seus aliados próximos classificaram a declaração como “desnecessária”. Segundo informações da coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, eles chegaram a citar os índices de violência na Bahia, como comparativo. “Quero ver ele falar que, das 20 cidades mais violentas do Brasil, 12 estão na Bahia, governada por um petista”, disse um dos aliados de Castro coluna, mencionando o cenário baiano.
Apesar da bronca de pessoas próximas ao governador Cláudio Castro, a violência policial na Bahia não passou despercebida pelo governo federal. Recentemente o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acionou a ouvidoria da pasta para apurar as mais de 30 mortes em confronto com a polícia no estado.
Ainda segundo a coluna, o entorno do gestor fluminense avalia que Lula “se empolgou” com o próprio discurso e que depois chegou a perceber o mal estar, emendando que não “jogava culpa” em nenhum governador.
“O governo federal tem que assumir responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência porque o crime organizado está tomando conta do país”, disse o presidente. “Nós inclusive estamos fazendo uma operação, vamos ter 50 bases da PF e fazer convênio com outros países que têm fronteira com o Brasil”, acrescentou.
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