Desde o registro do primeiro paciente confirmado com a varíola do macaco na Bahia, em julho, muita gente começou a se preocupar com a possibilidade de uma ‘pandemia dentro da pandemia’ e houve quem retomasse diversos cuidados aprendidos com a Covid. Nesta quarta-feira (14), o Estado atingiu a marca de 101 habitantes confirmados para a Monkeypox em 21 municípios, de acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Na última semana, mais dois pacientes entraram como casos prováveis da doença, e 67 pessoas estão com suspeita de infecção pela varíola do macaco. O aumento foi de quase 50% em relação ao último boletim divulgado pela Saúde estadual em 08 de setembro. Até então, eram 68 confirmações.
A região Leste, que inclui Salvador (município no topo da lista, com 67 infectados pela Monkeypox) foi a maior emissora de notificações para o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs), com 79 casos, seguida pela Centro-Leste (9 casos) e Sul (4 casos). Além da capital baiana, as cidades que tiveram pelo menos uma confirmação para a varíola do macaco foram: Feira de Santana (6), Conceição da Feira (4), Lauro de Freitas, Vitória da Conquista (3 casos cada), Maracás, Santo Antônio de Jesus (2 casos cada), Cairu, Castro Alves, Conceição do Almeida, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Ilhéus, Irecê, Itabela, Jeremoabo, Juazeiro, Mutuípe, Pé de Serra, Teixeira de Freitas e Xique-Xique (um caso em cada município).
Perfil
A grande maioria dos casos foi entre pacientes do sexo de nascimento masculino: 84, contra 17 no público feminino. Adultos jovens foram mais atingidos pela varíola do macaco, com 35 casos entre a faixa dos 30-39 anos e 28 entre o grupo na faixa dos 18-29 anos. Já entre os menores de idade (zero a 17 anos), foram somados 23 casos. A maioria dos pacientes foi orientada a buscar isolamento domiciliar, cuja duração é de pelo menos três semanas, quando as erupções características da varíola do macaco melhoraram. Os sintomas relatados foram, além das lesões na pele, febre alta de início súbito, dores de cabeça e pelo corpo, fadiga e inchaço nos gânglios.
Prevenção
A primeira leva de vacinas específicas para a varíola do macaco, com 50 mil doses, deve chegar ainda em setembro. Segundo a Agência Brasil, a informação foi dada pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga durante uma entrevista ao programa ‘Brasil em Pauta’ (TV Brasil). As tratativas com o laboratório Bavarian Nordic estão sendo intermediadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Entretanto, neste primeiro momento, a prevenção será priorizada para alguns grupos, como os profissionais de saúde e cidadãos com alto nível de exposição à Monkeypox. “Estudos mostram que uma dose dessa pode ser fracionada em cinco doses. Então, poderemos beneficiar um número maior de pessoas. A princípio, são aqueles que tem contato com o material contaminado”.
Contudo, mesmo que cheguem mais doses, não deve haver uma campanha ampla para a varíola do macaco. “Não há recomendação, no momento, de vacinação em massa”, justificou Queiroga. Quem tomou a vacina contra a varíola humana nos anos 1970 e 1980 pode ter algum nível de proteção, mas ainda não se sabe ao certo até quando ela pode durar. Vale dizer que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação apenas em maiores de 18 anos. Assim, ainda que o público seja ampliado mais adiante, não existe uma definição de quando crianças e adolescentes serão vacinados. Por enquanto, para quem está de fora da imunização, os profissionais de saúde seguem recomendando os mesmos cuidados que ajudaram (e continuam ajudando) a frear o contágio pela Covid-19, como a higienização das mãos e uso de máscaras em ambientes fechados ou muito aglomerados.
Adicionalmente, a população deve evitar o contato (sobretudo sexual) com indivíduos que tiverem sintomas sugestivos para a varíola do macaco, e o compartilhamento de objetos individuais, como roupas e talheres.
O boletim disponibilizado pela pasta data de 14/09. não foram registrados casos desde então. até o fechamento deste texto, nada mudou.
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