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Saúde Cigarro

Ex-fumante alerta para riscos do uso contínuo do cigarro

Raimundo Taxista conta que gasta metade do salário com medicações, mesmo estando há 27 anos sem fumar.

06/06/2022 11h43
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Reprodução / Internet
Foto: Reprodução / Internet

Segundo o INCA, Instituto Nacional do Câncer, o tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco.

A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

Já a OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior.

A OMS diz ainda que o tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traquéia, brônquios e pulmão.

No Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo. R$125.148 bilhões são os custos dos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia e 161.853 mortes anuais poderiam ser evitadas. Quanto às mortes anuais atribuíveis ao tabagismo: 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179  à doenças cardíacas, 25.683 a outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC). Os dados são de 2020 do Instituto de Efetividade Clínica.

Raimundo taxista, um ex-fumante, conta que já abandonou o cigarro a mais de 27 anos, mas até hoje sofre as consequências do vício. Ele anda com um saco cheio de medicações que precisa tomar, fruto, segundo ele, da sua burrice. Ele gasta metade do seu salário de aposentado com as medicações. "Gasto cerca de R$ 500,00 todo mês com remédios. Para a juventude digo: não fumem. O cigarro vai lhe comendo aos poucos. Tive um enfisema pulmonar, peguei uma asma alérgica e não pude mais viver normalmente. Preciso usar remédios e eles são caros porque são importados". 

Ele começou a fumar em sua juventude porque queria parecer descolado para as meninas. E fumou por muito tempo. "Se a pessoa não tiver condições, não consegue se manter após as doenças virem. Depois de 27 anos sem fumar ainda sofro com as doenças que o cigarro me trouxe. Hoje uso meu salário para comprar medicamentos". 

O ex-fumante diz ainda que todos que são como ele as pessoas chama de "enjoado". "Não é que nós que somos ex-fumantes somos enjoados, é que temos experiência. Tenho 74 anos e sei o que presta e o que não presta. E o cigarro não presta porque é prejudicial", finalizou. 

 

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