“Não queria entrar no âmbito político, mas tudo leva a crer”, diz Diretor do Hospital de Campanha sobre vídeo de paciente

No início desta semana, circulou nas redes sociais, um vídeo de um paciente em tratamento de coronavírus no Hospital de Campanha de Feira de Santana, denunciando a falta de medicamentos na unidade hospitalar. Buscando explicar o mal entendido, o diretor da instituição, Doutor Francisco Mota, informou que as imagens foram uma fake news e que podem até ter motivações políticas.

Em entrevista ao Programa Levante a Voz, da Sociedade News FM, o Diretor do Hospital, assegurou que o paciente agiu de má fé divulgando a gravação.

“Esse vídeo é mentiroso, uma fake News, porque não ia abrir um hospital, para tratar pacientes de Covid-19, sem medicação, então não sei o que motivou essa filmagem, não quero entrar nesse mérito, mas posso dizer tranquilamente que não há falta de medicação aqui”, informou Drº Francisco Mota.

Para o diretor as motivações podem ser diversas, “não queria entrar no âmbito político da coisa, mas pelo jeito tudo leva a crer que sim”, mas ele também afirmou, que o mostrado no vídeo não condiz com a realidade.

“Aquilo que foi mostrado na filmagem, são as imagens da farmácia satélite, que apenas distribui os medicamentos para a UTI, no almoxarifado nós temos mais medicamentos e todos aqueles necessários para o tratamento do Covid-19. As compras de medicamentos são feitas a cada 10, 20 ou 30 dias a depender do tipo de medicamento”, explicou Mota.

A empresa responsável pela administração do hospital está tomando as ações jurídicas, em relação ao vídeo do paciente. Para evitar que atos como esse aconteçam novamente os cuidados estão sendo redobrados, buscando preservar a imagem e a saúde de todos.

“Essa foi nossa falha, deixar o paciente entrar com o celular. Na verdade, não pode ter acesso com o celular, nem o paciente, nem ninguém da equipe de assistência, médico, enfermeiro... ninguém da equipe médica, porque celular é uma fonte de infecção, todos celulares são sujos e também porque podem estar acontecendo procedimentos médicos, como um óbito, e o mesmo ser filmado sem o consentimento”, pontuou o diretor do Hospital de Campanha.