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Com câncer de mama e grávida, Beatriz Frecceiro não desistiu da vida do seu bebê

“O mastologista olhou para mim e sem cerimônia nenhuma falou que eu tinha um câncer hormonal. Segundo ele, os hormônios da gestação estavam alimentando o câncer e que por isso eu iria precisar tirar o meu bebê. Caso contrário, eu não iria sobreviver”, conta.

15/10/2021 10h28 Atualizada há 4 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Fotos: Arquivo Pessoal
Fotos: Arquivo Pessoal

Até onde pode ir o amor de uma mãe? No que depender da bancária Beatriz Frecceiro podemos ter certeza de que ele é incondicional. Beatriz foi diagnosticada com câncer de mama no segundo mês de sua gravidez e aos 31 anos. A primeira recomendação dos médicos era a necessidade de um aborto para que ela pudesse fazer o seu tratamento. A sua escolha? Ela não desistiu nem da sua vida e nem do seu bebê.

 “Em 2017, eu tinha um bebê de seis meses quando eu engravidei novamente. Eu estava amamentando ainda. Ele parou de mamar quando eu  estava no início de outra gestação. Fui apalpar meu peito e tentar esvaziá-lo. Percebi que tinha uma bolinha e ela era diferente. A mulher sempre sabe quando é câncer”, afirmou Beatriz. 

Bia, como é conhecida, procurou um especialista e recebeu a notícia que mudaria a sua vida. “O mastologista olhou para mim e sem cerimônia nenhuma falou que eu tinha um câncer hormonal. Segundo ele, os hormônios da gestação estavam alimentando o câncer e que por isso eu iria precisar tirar o meu bebê. Caso contrário, eu não iria sobreviver”, conta.

 

Mas Bia não considerou o diagnóstico do mastologista como destino.  “Eu disse a ele não, que não tiraria meu bebê de jeito nenhum.  Como eu posso me curar em cima da morte da minha filha? Ela tem direito de viver tanto quanto eu. E decidi que lutaria por nós duas.  Decidi que ou morreríamos juntas ou viveríamos juntas. Que lutaríamos pelas nossas vidas unidas”, lembra a bancária.

Bia é mãe do Matheus, do Daniel e da pequena Louise, que são a  sua força e seu fôlego de vida. “Eu fiz o tratamento e cirurgia de mastectomia grávida. E eu só pensava na minha filha. Fiz a quimioterapia sempre focada na minha gravidez.  A minha filha me deu muita força”, revela Bia. 

Louise, que significa guerreira em francês, está com três anos e cresce com muita saúde e inteligência. “Sabe o que ela fala para mim? ‘Foi o Deus que me fez para você!’ A dor é obrigatória, mas o sofrimento é opcional. Somos muito mais que um diagnóstico de câncer. A nossa vida não se resume a isso”, finalizou.

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