O transporte público municipal ainda é uma das reclamações dos feirenses na atualidade. Em tempos de pandemia, empresas como a Rosa estão retirando ônibus da cidade, o que faz com que os ônibus que restaram andem cheios. No dia 22 de agosto a cidade ficou sabendo que a empresa Rosa, responsável por bairros da região norte da cidade, retirou 15 ônibus. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos Intermunicipal e Interestadual de Feira de Santana (Sintrafs) que também no mês de agosto realizaram uma greve reivindicando reajuste salarial de 10,1%.
Após a retirada dos ônibus, o prefeito Colbert Martins afirmou que tomaria medidas judiciais contra a empresa para que os ônibus retornassem a cidade, salientando que mensalmente tem repassado mais de R$ 1 milhão para as duas empresas, como antecipação de crédito de passagens e vale transporte, levando em conta a crise causada pela pandemia.
O vereador e vice-líder do Governo, Pedro América (DEM), falou sobre o assunto. Segundo o vereador, ele tem acompanhado de perto a situação e existem dois problemas. O primeiro, conforme o vereador, é a diminuição de passageiros que já acontecia e foi agravado pela pandemia. “O transporte público já tinha dificuldade. Nossa estrutura de transporte valoriza muito outros modais como carros por aplicativo, mototáxi, ligeirinho. Isso já compromete a estrutura e o funcionamento pleno dessas empresas. Com a pandemia, as empresas estoa argumentando ainda mais dificuldades e querendo colocar na contra da Prefeitura para que ela pague a diferença desse prejuízo que o empresário está tomando. Mas quando ele disputa uma licitação ele tem que entender qual é o cenário da cidade. Se a empresa disputou a licitação oferecendo um serviço e agora vem pedir a Prefeitura sustente o sistema é um equivoco”, explicou.
Pedro disse ainda que há esse embate, por conta dele as empresas tentam pressionar a Prefeitura tirando alguns carros da cidade e a Prefeitura já fez a notificação oficial para fazer o procedimento administrativo. “Mas eu entendo que devemos pensar a mobilidade de Feira como um todo. Repensar o modelo de modalidade porque da forma que está nenhum empresário que queira fazer um grande investimento não terá capacidade. O nosso transporte público sempre vai ficar deficitário porque o empresário vem para ganhar dinheiro”, falou.
O vice-líder ressaltou ainda que o prefeito tem buscado caminhos para resolver o problema. Ele disse que o prefeito Colbert foi a Brasília com o secretário de Transportes e Trânsito, Saulo Figueiredo. “Existe um debate nacional de subsídio ao transporte público. Se conseguirmos fazer esse debate para diversos municípios, em especial aos de grande porte como Feira de Santana, acredito que iremos conseguir dar uma regularizada, colocando mais linhas. Melhorando a qualidade do sistema consequentemente as pessoas migram de outros modais para o transporte público. Não podemos fazer esse debate do ponto visto apenas político porque ele é complexo. Precisamos entender que há uma busca, do ponto de vista nacional, de diversos prefeitos para que possamos ter subsídio federal no transporte público e esses recursos nos ajudar em Feira de Santana”, finalizou.
Com informações do repórter Reginaldo Junior
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