Homem é agredido por integrantes de torcida organizada após confusão por camisa de time em Feira de Santana

Um homem identificado como Rangel Ramos da Chaga, morador do bairro Conceição, foi brutalmente agredido na tarde do último sábado (27), por volta das 16h, em plena luz do dia, no bairro Caseb, em Feira de Santana.

De acordo com relato da vítima ao portal Boca de Forno News, Rangel havia encerrado suas atividades de trabalho e se deslocado até uma petiscaria de um amigo. Poucos minutos após chegar ao local, ele foi surpreendido por cinco indivíduos, supostamente integrantes de uma torcida organizada, que iniciaram uma sequência de agressões físicas.

Segundo Rangel, o ataque teria sido motivado pelo uso de uma camisa do Esporte Clube Bahia. Os agressores teriam confundido a camisa comum do time com a de uma torcida organizada de Salvador, conhecida como BAMOR. A vítima afirma que não faz parte de nenhuma torcida organizada.

Durante a agressão, os suspeitos utilizaram soqueira, soco inglês e até uma chave de fenda. Rangel relatou ainda que estava acompanhado de uma senhora de 67 anos, que quase foi atingida durante o ataque. “Levei uma garrafada e uma capacetada. Se eu tivesse me esquivado e agarrado nela, poderia ter acontecido algo grave por causa da idade”, relatou.

Mesmo após ter a camisa arrancada, as agressões continuaram. A vítima conseguiu se defender até a chegada de amigos, que intervieram cerca de dois a três minutos depois. A Polícia Militar, por meio do 25º Batalhão, foi acionada e conseguiu deter um dos suspeitos ainda no local. Durante a abordagem, os policiais encontraram com o indivíduo uma soqueira (soco inglês).

O suspeito foi conduzido ao Complexo Policial do Sobradinho, onde a ocorrência foi registrada. Conforme a vítima, dois dos agressores utilizavam camisas de torcida organizada do Fluminense de Feira.

Abalado, Rangel afirmou que acreditou que não sairia vivo da situação. Ele também mencionou o impacto emocional do episódio em sua família, especialmente por ter um filho de seis anos.

“Em vários momentos achei que não ia mais ver minha mãe. Tenho um filho pequeno e tudo isso poderia ter terminado de forma trágica”, disse.

Rangel classificou o caso como uma tentativa de homicídio e afirmou que seguirá buscando justiça.

“Não foi apenas uma agressão. Eles não queriam só a camisa, queriam me matar. É algo que não desejo para ninguém”, concluiu.