Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um publicitário que passeava com seu cachorro é agredido por três homens, na calçada da Rua Martins Fontes, na Consolação, Centro de São Paulo no último domingo (4).
Robson Vieira, de 33 anos, disse nesta terça-feira (6) ao G1 que ele foi agredido por ser gay e negro. Ele acusou os agressores de homofobia e racismo, mas a Polícia Civil registrou o caso apenas como "lesão corporal" no 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
No Termo Circunstanciado (TC), o publicitário aparece como a única vítima e os três homens como seus agressores. Todos os quatro envolvidos na ocorrência foram levados à delegacia pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e liberados após prestarem depoimento. A reportagem não conseguiu identificar ou localizar os outros homens para comentarem o assunto.
“Por mais que eu tenha falado e por mais que a minha testemunha tenha falado, não saiu como homofobia e nem tão pouco racismo. Inclusive um dos pontos que eu fiquei revoltado e questionei é que no meu boletim de ocorrência entrou como pardo. E eu não me defino como pardo. Eu sou negro”, disse Robson.
O caso veio à tona após a divulgação das agressões na web pelos moradores e também com o próprio relato de Robson, denunciando as agressões por meio do Instagram.
"A história foi bem essa, eu estava passeando na rua com meu cachorro e eles começaram a me insultar me chamando de negro safado e vieram para cima de mim", diz o publicitário na rede social.
Nas filmagens é possível ver Robson sendo cercado pelos três homens. Um deles ainda dá uma gravata no publicitário e depois o agride. Outros dois colegas dele também batem na vítima com murros. Num dos golpes que sofreu, Robson cai na calçada.
As imagens foram gravadas por moradores do bairro. As agressões contra o publicitário só terminaram com a chegada da GCM. Alguns motoristas buzinam e moradores gritam e pedem para cessar as agressões. Robson teve ferimentos nos lábios por conta dos socos que sofreu no rosto
“Eu estava andando na rua, eles começaram a me insultar. E aí eu comecei a me defender, enfim, falar também. Eles começaram ainda a gritar comigo, falando palavras ofensivas, palavras homofóbicas”, disse a vítima.
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