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CMFS adia parceria entre Prefeitura e camelôs, e questiona sobre os não contemplados no Shopping Popular

CMFS adia parceria entre Prefeitura e camelôs, e questiona sobre os não contemplados no Shopping Popular

06/10/2020 17h30 Atualizada há 5 anos
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CMFS adia parceria entre Prefeitura e camelôs, e questiona sobre os não contemplados no Shopping Popular

Câmara aprova questionamento à Prefeitura sobre camelôs não contemplados no Shopping
O prefeito Colbert Martins da Silva Filho deverá prestar esclarecimentos sobre a situação dos camelôs que estão sendo deslocados do centro da cidade e não estão contemplados com pontos no Shopping Popular Feira Portal Center (Cidade das Compras) ou outro local para fixação. É o que determina requerimento de iniciativa do vereador Luiz da Feira (PROS) aprovado nesta terça-feira (6), por unanimidade, na Câmara Municipal.

“Isso porque, diante da reestruturação do centro da cidade, nos últimos dias, os camelôs estão sendo retirados dessas imediações, mas não estão sendo recolocados em lugares que possam continuar desenvolvendo suas atividades comerciais que é, em verdade, o sustento de suas famílias”, justifica o autor. No documento, ele diz que deve haver a consciência de que nem todos os camelôs têm condição de possuir um ponto no shopping popular. Portanto, acrescenta, há a necessidade de terem lugares secundários "para manter estes trabalhadores em atividades".

Adiado por cinco sessões projeto que cria "parceria direta" entre Prefeitura e camelôs
O Projeto de Lei que propõe criar uma "parceria direta" entre o Poder Executivo e os camelôs, sem a interferência dos investidores, relativo ao Shopping Popular, entrou na pauta de votações desta terça-feira (6) da Câmara, mas terminou sendo adiado por cinco sessões. A matéria da iniciativa do vereador Luiz da Feira (PROS) recebeu pedido de adiamento por parte do líder da bancada governista, Marcos Lima (DEM), aprovado pela maioria do plenário (voto contra apenas do próprio Luiz e do vereador Roberto Tourinho). Além de garantir "parceria direta entre o camelô beneficiado e o Poder Executivo", o projeto propõe a "apropriação democrática do espaço destinado à administração pública e disponibilizado aos camelôs no equipamento", conforme estabelecido na Parceria Público-Privada, "de forma a proporcionar a harmonia entre as diversas atividades comerciais exercidas no local". Também intenciona expandir as oportunidades de inclusão social e produtiva dos vendedores ambulantes por meio de ações como o desenvolvimento de alternativas para a comercialização de produtos e o estímulo às atividades do centro de comércio popular.

REPERCUSSÃO
Luiz da Feira, externou a sua tristeza com o adiamento da matéria. Roberto Tourinho acusou o empresário Elias Tergilene, do consórcio gestor do Shopping, de responder a vários processos, enquanto a Prefeitura "permitiu que os camelôs ficassem nas ruas e agora está tramando e perseguindo esses trabalhadores”. Por sua vez, Marcos Lima justificou que o adiamento de pauta é um processo natural e legal na discussão de uma matéria. “Isso não quer dizer que os vereadores são contra ou a favor ao projeto, que retornará à pauta, após as cinco sessões previstas, para ser votado. A nossa intenção é analisar mais amplamente".

Sapateiros que trabalham em frente à Prefeitura estão apreensivos com possível transferência
Para onde serão relocados os sapateiros que há décadas atuam em uma área pertencente ao Município, em frente à Prefeitura, na avenida Getúlio Vargas? O questionamento está sendo feito pelo vereador Luiz da Feira (PROS). Em pronunciamento na Câmara, nesta terça (6), ele disse que todos estão apreensivos com o destino daqueles trabalhadores autônomos, que fazem parte do cotidiano dos feirenses. "Pais de família, que atendem os seus clientes no mesmo local há mais de 30 anos, agora não sabem como vai ficar a atividade, uma vez que a Prefeitura está executando o Projeto Centro e promete transferir a categoria de lugar". Luiz da Feira cobra uma posição do prefeito Colbert Martins Filho, sobre o assunto. "Estão todos ansiosos, lá na 'praça do Senadinho' (nome de famosa lanchonete estabelecida há muito tempo na área, onde políticos e jornalistas costumam tomar café e bater papo). A preocupação tomou conta, com a retirada das barracas", observou, referindo-se a locais como a avenida Senhor dos Passos e o calçadão da rua Sales Barbosa. Para o vereador, defensor dos trabalhadores informais, a Prefeitura, se tiver que retirar os sapateiros de onde se encontram, deve ofertar um lugar "digno" para a tradição deste serviço.

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