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Bahia Corrupção

Esquema de corrupção desvia R$ 12 milhões da Saúde na Bahia e Piauí

Operação cumpre mandados em residências de médicos, ex-secretários, agentes políticos e clínicas.

18/11/2025 08h20
Por: Karoliny Dias Fonte: A Tarde
Mandados judiciais estão sendo cumpridos em municípios da Bahia e do Piauí - Foto: Ascom/PC
Mandados judiciais estão sendo cumpridos em municípios da Bahia e do Piauí - Foto: Ascom/PC

Mais de R$ 12 milhões em recursos públicos teriam sido desviados de contratos da área de saúde, segundo a Polícia Civil da Bahia, que deflagrou na manhã desta terça-feira, 18, a segunda etapa da Operação USG. A ação investiga o esquema de corrupção em contratos firmados pela gestão municipal em cidades da Bahia e do Piauí.

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em residências de médicos, ex-secretários municipais de saúde, agentes políticos e clínicas que mantinham contratos com o município. Todos são suspeitos de participação no esquema, já identificado pela polícia, que teria provocado um rombo milionário aos cofres públicos.

Modus Operandi

Segundo as investigações, o grupo criminoso utilizava clínicas de fachada e contratos superfaturados para justificar pagamentos por serviços médicos que nunca foram realizados. Entre as principais irregularidades estão:

  • Lançamentos de exames incompatíveis com a realidade do município;
  • Plantões fictícios;
  • Listas de pacientes com dados inconsistentes;
  • Emissão de notas fiscais destinadas a mascarar atendimentos inexistentes.

Nova fase

A deflagração desta nova fase ocorre após a análise de documentos e mídias apreendidos na primeira etapa da Operação USG, realizada em dezembro de 2024, que revelou elementos suficientes para aprofundar as apurações e identificar a participação de novos envolvidos.

Mandados judiciais estão sendo cumpridos em municípios da Bahia e do PiauíMandados judiciais estão sendo cumpridos em municípios da Bahia e do Piauí | Foto: Ascom/PC

De acordo com a Polícia Civil, os trabalhos desta etapa incluem também o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens pertencentes aos investigados e a três clínicas utilizadas na estrutura operacional do grupo.

A ação é conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) e pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR).

Cerca de 80 policiais participam da operação por meio do Draco-LD, da DECCOR, da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Barreiras/BA) e das equipes da Polícia Civil do Piauí.

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