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Mundo Tarifaço

Em nova rodada de negociações, Brasil pressiona por suspensão das tarifas dos EUA

Governo sustenta argumento nas tratativas que avançam bilateralmente.

13/11/2025 08h26 Atualizada há 1 hora
Por: Karoliny Dias Fonte: Bahia.Ba
Foto: Infomoney
Foto: Infomoney

O breve encontro entre o chanceler brasileiro Mauro Vera e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na quarta-feira (12), reacendeu as negociações entre Brasil e Estados Unidos. A expectativa do governo Federal é de apostar em uma suspensão do tarifaço e das sanções impostas pelo presidente Donald Trump enquanto os diálogos bilaterais prosseguem, segundo informações do jornal O Globo.

A reunião entre Viera e Rubio ocorreu pouco antes do encontro ministerial do G7 (grupo formado pelas 7 maiores potências econômicas do planeta) nas Cataratas do Niágara, na fronteira entre os EUA e o Canadá. Um novo encontro dos dois está previsto para esta quinta-feira (13), desta vez em Washington.

Durante o diálogo na quarta, Vieira mencionou que o Brasil encaminhou, em 4 de novembro, uma proposta de negociação à parte americana, após uma reunião virtual entre equipes técnicas. Os termos são reservados, mas pessoas a par do tema afirmam que o documento sugere, entre outros pontos, a suspensão temporária das medidas enquanto se discute um acordo comercial mais amplo.

A nova etapa de negociações surge duas semanas após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, na Malásia, que marcou o primeiro gesto político de aproximação dos dois países desde que o republicano assumiu a Casa Branca em janeiro. Apesar disso, não houve avanços concretos para o fim da taxação até o momento.

O tarifaço está em vigor desde agosto e incide sobre produtos brasileiros como aço, alumínio, carnes, café, frutas, pescados, suco de laranja e máquinas industriais. A Casa Branca alegou “perseguição judicial” ao ex-presidente Jair Bolsonaro para justificar as medidas, citando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, como principal alvo das sanções pessoais.

Nesta semana, Trump indicou a possibilidade de reduzir algumas tarifas de importação de café, como parte de um esforço para conter a inflação doméstica, pressionada pela alta de preços gerada pelo próprio tarifaço. Embora o Brasil não tenha sido citado nominalmente, a sinalização foi recebida com otimismo por interlocutores do governo e do setor privado, já que o país é o maior exportador de café para os EUA.

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