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Política Binho Galinha

Nova denúncia do MP-BA aponta que Binho Galinha manteve atividades ilegais mesmo após operação policial

Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal revelaram a divisão de valores obtidos de forma ilegal.

01/11/2025 06h52
Por: Mayara Nayllanne
FOto: DIvulgação
FOto: DIvulgação

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou uma nova denúncia contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, acusado de continuar comandando uma organização criminosa com atuação em Feira de Santana e região. O grupo é investigado por crimes de extorsão, receptação qualificada, agiotagem e lavagem de dinheiro provenientes do jogo do bicho.

A denúncia, protocolada na quinta-feira (30) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), sustenta que o parlamentar manteve as atividades ilícitas mesmo após a deflagração da Operação El Patrón e o recebimento da primeira acusação criminal contra o grupo.

Segundo o MP-BA, a facção possui características milicianas e atua há mais de uma década, tendo como principal base Feira de Santana. As investigações indicam que Binho Galinha utilizava “laranjas” para movimentar valores e ocultar bens, mantendo em funcionamento os negócios ilegais apesar das medidas cautelares impostas pela Justiça.

Entre os denunciados estão Mayana Cerqueira da Silva, companheira do deputado; João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, filho do parlamentar; Cristiano de Oliveira Machado, identificado como operador financeiro responsável por administrar parte dos recursos ilícitos; além de outros dez investigados.

O Ministério Público aponta que Mayana e João Guilherme participaram da administração das atividades ligadas ao jogo do bicho e à agiotagem, além de atuarem na ocultação e destruição de provas durante as investigações.

Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal revelaram a divisão de valores obtidos de forma ilegal. Em uma das conversas, operadores discutem uma transação de R$ 160 mil, da qual R$ 155 mil teriam sido destinados diretamente ao deputado.

As ações estão inseridas nas operações El Patrón e Estado Anômico, que investigam crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, comércio ilegal de armas, receptação qualificada, usurpação de função pública, tráfico de drogas e embaraço às investigações.

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