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Política ALBA

Troca de acusações entre Robinho e Rosemberg marca discussão

Um embate entre os deputados estaduais Robinho e Rosemberg Pinto chamou atenção na Assembleia Legislativa.

23/10/2025 07h52
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação / Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação / Tribuna da Bahia

Um embate entre os deputados estaduais Robinho (União Brasil) e Rosemberg Pinto (PT) chamou atenção na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Durante discurso, Robinho fez críticas ao Partido dos Trabalhadores e chegou a chamar o PT de “grande facção”. Ao abordar a segurança pública, o parlamentar afirmou que a Bahia é o estado mais violento do país, onde reina “a parceria do amor: PT, facção e criminalidade”.

Ao continuar sua crítica à política de segurança pública, Robinho salientou que a Bahia é o estado onde mais negros e mulheres são criminalizados. “É triste a gente ver que o governador dizer que vai cuidar da segurança com amor: o amor da conivência, caminhando junto ao governo do Estado e a insegurança”, lamentou o parlamentar baiano.

Vale destacar que o 1º secretário da Mesa Diretora, deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos), que presidia a sessão na ocasião, solicitou que o termo “facção” fosse retirado das notas taquigráficas, destacando que a fala expressava uma opinião pessoal e que era necessário preservar a isenção da Casa Legislativa.

Resposta

Em entrevista à imprensa, o líder do governo de Jerônimo Rodrigues na Casa, Rosemberg Pinto, reagiu às declarações e disse que o colega tem “memória curta”. Ele lembrou que o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, é citado na Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo Rosemberg, um piloto afirmou à PF que um avião usado para fuga de um dos investigados pertencia a uma empresa na qual Rueda seria sócio oculto. “O deputado Robinho para fazer uma fala desse tipo, ele primeiro tem que se desfiliar do partido que ele está. Quem de fato é aliado de uma facção criminosa é o presidente nacional do partido dele", declarou o deputado petista.

"Ou seja, pelo fato da minha amizade com Robinho, eu não vou colocá-lo no mesmo patamar, mas o partido dele está contaminado porque tem um presidente que é aliado de uma facção criminosa do Brasil”, emendou Rosemberg Pinto.

Rosemberg também citou outro episódio envolvendo o União Brasil: a Operação Overclean, deflagrada em 14 de outubro, que teve como um dos alvos o deputado federal Dal Barreto, do União Brasil, investigado por suspeita de fraudes em contratos públicos. Barreto foi abordado por agentes da PF no Aeroporto de Salvador, onde teve o celular apreendido para análise.

Após a repercussão, Robinho voltou a se pronunciar e disse que “o PT é uma facção política”. O deputado afirmou ainda que, nos quase 20 anos de governos petistas, “dentre as 86 facções existentes no Brasil, na Bahia imperam 21, segundo dados do Ministério da Justiça”. “Eu não digo 22 porque o PT é mais uma facção política”, completou.

 
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