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Bahia Doenças cronicas

Estudantes baianos criam startup de monitoramento de doenças crônicas

A experiência internacional contou com apoio do professor Francesco Bonelli e parcerias com pesquisadores da UFBA e instituições italianas, consolidando a relevância da ciência produzida na Bahia.

23/09/2025 07h59
Por: Mayara Nayllanne
Foto: Divulgação CRA
Foto: Divulgação CRA

Um grupo de jovens da Universidade Federal da Bahia (UFBA) transformou um projeto premiado em hackathon em uma startup voltada para a saúde preventiva corporativa. Liderada por Vinícius Tarrão, a equipe desenvolveu a AYA, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de doenças crônicas, reduzindo a necessidade de idas frequentes ao hospital e possibilitando que médicos acompanhem vários pacientes simultaneamente.

“A proposta é que o paciente seja monitorado em tempo real pelo médico, sem precisar se deslocar constantemente. Isso amplia a capacidade de atendimento e pode evitar diagnósticos graves ou até mesmo salvar vidas”, destacou Vinícius Tarrão.

A iniciativa nasceu no ImoLab – Laboratório de Inovação em Gestão e Computação Aplicada da Escola de Administração da UFBA e foi amadurecida com apoio da administradora Cristiane Aboud e da estudante de Ciência da Computação Talita Ester Araújo Alves, desenvolvedora full stack. Também integram a equipe Gustavo Machado dos Santos e Tauane Caroline da Silva Barbosa, demonstrando como tecnologia, gestão e impacto social podem caminhar juntos.

Saúde preventiva como estratégia

De acordo com os estudantes, o objetivo é tornar o cuidado preventivo um diferencial estratégico para empresas brasileiras, reduzindo custos relacionados à saúde e melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores.

Além da conquista da equipe AYA, outra equipe do ImoLab, a Imovação, ficou em 3º lugar no mesmo hackathon, reforçando a força da UFBA como polo de inovação.

Reconhecimento internacional

Um dos integrantes ligados ao ecossistema do projeto, Mateus dos Santos, também alcançou projeção internacional. Estudante do IFBA em Feira de Santana, ele participou da 20ª edição da EIASM Interdisciplinary Conference, em Modena, na Itália, apresentando pesquisa sobre redes colaborativas e sustentabilidade no semiárido.

A experiência internacional contou com apoio do professor Francesco Bonelli e parcerias com pesquisadores da UFBA e instituições italianas, consolidando a relevância da ciência produzida na Bahia.

Hackathon como motor de inovação

O hackathon, ponto de partida do projeto, é uma maratona de inovação que reúne estudantes e profissionais de diferentes áreas para propor soluções em pouco tempo. Mais do que uma competição, é um ambiente de experimentação que tem dado origem a startups capazes de transformar ideias em impacto social.

Com iniciativas como a da equipe AYA, a juventude baiana mostra que a universidade pública segue como um celeiro de inovação e soluções capazes de levar a tecnologia produzida no estado a alcançar empresas e comunidades em todo o Brasil e também o mundo.

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