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Política PEC da Blindagem

Jerônimo dá “puxão de orelha” em aliados que votaram a favor da Blindagem

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se mostrou pouco flexível ao “arrependimento” dos deputados federais da sua base que votaram favoráveis à PEC da Blindagem.

23/09/2025 06h15 Atualizada há 2 horas
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: GOVBA / Divulgação
Foto: GOVBA / Divulgação

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se mostrou pouco flexível ao “arrependimento” dos deputados federais da sua base que votaram favoráveis à PEC da Blindagem. Após a repercussão negativa, Gabriel Nunes (PSD) e Mário Negromonte Júnior (PP) afirmaram estar arrependidos e disseram que foram pegos de surpresa com a alteração de última hora do texto.

Jerônimo declarou ontem, durante evento em que sancionou a lei que amplia as condições de gratuidade na emissão do RG na Bahia, que não se orienta por pedidos de perdão, mas sim pela atitude inicial. Ele acrescentou esperar que os parlamentares cumpram o compromisso de trabalhar para barrar a proposta no Senado, lembrando que ambos já asseguraram que não votarão a favor da anistia.

No último sábado (20), ao lado do governador na cidade de Pedro Alexandre, Mário Júnior afirmou que votou na proposta de “coração aberto”, mas ressaltou que o texto levado a plenário foi diferente daquele discutido previamente.

O pepista, em seu terceiro mandato, disse compreender a indignação da sociedade diante da mudança no projeto, que para ele deveria restabelecer pontos da Constituição de 1988, mas acabou se transformando em algo distorcido. “A PEC das Prerrogativas, para restabelecer o que foi perdido desde a Constituição de 1988 virou a PEC da Blindagem e depois a PEC da Bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade e eu entendo. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na Justiça e na Constituição Federal, mas talvez outras pessoas tenham outro objetivo para ela, mas não vai passar não, Deus é grande”, justificou o pepista.

Jerônimo também afirmou que reconhece a importância da grandeza de admitir um erro e trabalhar para barrar a proposta no Senado. Ele estendeu o repúdio a correligionários petistas de outros estados que votaram favoravelmente, observando que o alinhamento partidário deveria ser único. O governador considerou o voto equivocado e defendeu que esse tipo de decisão não pode ser vista como particular, já que os parlamentares foram eleitos com o respaldo do povo, que, segundo ele, saberá julgar quem cometeu o equívoco.

Questionado se incluiria os nomes de Nunes e Negromonte no seu “caderninho”, o governador contemporizou: “Não, meu caderno é para outras coisas, meu caderno é para anotar os planejamentos das ações”.

Jerônimo já havia mencionado anteriormente a ideia de “colocar no caderninho” nomes de aliados que tomaram posições políticas que o desagradaram.

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